Pode um edifício ser simultaneamente conservador e vanguardista? A Igreja Matriz de Caminha prova que sim. Construída em finais do séc. XV, é um edifício de traça gótica, com muros feitos à moda do atávico românico português e com aspectos renascentistas que, à época, davam ainda os primeiros passos na Península Ibérica. Com Espanha à vista, foi arquitectada por mestres da Biscaia e da Galiza e é uma das mais belas igrejas portuguesas. O tecto de madeira é tão fora de série que faz dela uma peça inconfundível no património nacional. Uma visita guiada pelo professor de História da Arte Rui Maurício.