O Village Underground celebrou seis anos de vida, no dia 9 de Abril de 2020, com uma festa online que durou 8 horas. Agora, num "edit" de 90 minutos, espelha o espírito e ecletismo artístico dessa maratona que incluiu música, street art, teatro e dança pelas mãos de alguns dos artistas mais underground da cena artística portuguesa.

O Village Underground (VU) é um centro cultural em Lisboa, aberto desde 2014, que desenvolve projectos culturais ligados à música, teatro, dança e street art, no seu lado mais underground. Um espaço que é um conjunto de 14 contentores e 2 autocarros cuja paisagem arquitectónica torna este lugar único e palco de uma comunidade artística em Lisboa.

Ao longo de 90 minutos, ouvimos 3 músicas do "concerto solitário" de Benjamim, um excerto do DJ set de uma das lendas do hip hop português, Nelassassin, e da festa dos ritmos africanos-electrónicos de Studio Bros. O artista residente Pedro Coquenão, que há 3 anos instalou o seu contentor-azul e candongueiro nesta Vila da criatividade, partilhou um momento a que chamou "Batida Apresenta: Fake Staff" onde pretende homenagear as equipas invisíveis que fazem acontecer as apresentações dos artistas. O colectivo Orchidaceae faz o seu manifesto através da dança e, no street art, o artista Observ pinta um dos muros da Vila. No teatro há "As Três Irmãs", numa cocriação de Joana Cotrim, Ana Sampaio e Maia, Rita Morais e David Pereira Bastos, e "Em Princípio Os Princípios", de Pedro Saavedra, com os actores Mia Tomé e Miguel Ponte.

O VU viu a sua actividade parar durante a pandemia e a solução foi abraçar um novo paradigma e apostar na criação e transmissão de conteúdos artísticos enquanto estrutura democrática e integradora. Num momento em que continua a ser essencial apoiar a cultura e dar-lhe palco, a transmissão do aniversário foi o primeiro projecto desta nova etapa da vida do VU.