TEATRO: O Mandarim (Teatro Municipal Joaquim Benite - Almada/ 7 a 23 Novembro)
Foto de Rui Carlos Mateus
Encenação: Teresa Gafeira
Dramaturgia: Pedro Proença e Teresa Gafeira
Cenário e Figurinos: Ana Paula Rocha
Projecções: Pedro Proença
Luz: José Carlos Nascimento
Caracterização: Sano de Perpessac
Intérpretes: André Alves, Catarina Campos Costa, Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade e Pedro Walter
Sinopse: "O Mandarim" conta a história de Teodoro, um funcionário do Ministério do Reino que, com um simples toque de campainha, mata um Mandarim e herda deste uma avultada fortuna.
Depois de ter abraçado o positivismo e a estética realista – de que O Crime do Padre Amaro (1879) e O Primo Basílio (1878) são os exemplos mais significativos –, Eça de Queiroz inaugura, com a publicação de O Mandarim, em 1880, um novo período, durante o qual "o manto diáfano da fantasia” tende a cobrir grande parte dos seus projectos literários. Assim, o protagonista desta novela, Teodoro, será uma noite interpelado por um velho livro: “No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam” . Tentado pelas ambições burguesas que há muito alimentava, Teodoro porá fim à vida de Ti Chin-Fu. Mas a esperada felicidade tarda em chegar, já que o jovem amanuense vive atormentado, ora pela consciência, ora pelo fantasma do morto. Uma viagem pelo Oriente parece ser a única solução.
"O Mandarim", de Eça de Queiroz, uma das obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura, é, segundo o autor, uma obra "fantástica e fantasista", não deixando porém de "caracterizar fielmente a tendência mais natural, mais espontânea do espírito português". A adaptação do texto foi levada a cabo por Pedro Proença, artista plástico também responsável pelas ilustrações que farão parte do cenário da peça, e por Teresa Gafeira.
Ilustração de Pedro Proença