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Out21
TEATRO: Juventude Inquieta (Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa - 16 a 31 Outubro)
Texto e direcção: Joana Craveiro
A partir de: Augusto Abelaira (1926 - 2003)
Música e espaço sonoro: Francisco Madureira
Cenografia: Carla Martinez
Figurinos: Tânia Guerreiro
Elenco: David dos Santos, Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Gonçalo Martins, Gustavo Vicente, Inês Minor, Inês Rosado, João Raposo Nunes, Sara Ferrada, Simon Frankel, Tânia Guerreiro, Tozé Cunha, Violeta D'Ambrosio
Sinopse: As utopias, sonhos e aspirações políticas de jovens de diferentes épocas.
A relação entre os acontecimentos históricos e as suas representações no presente é um dos eixos fundadores do trabalho de Joana Craveiro. Neste regresso ao D. Maria II, com o seu Teatro do Vestido, lança um olhar sobre os sonhos e as aspirações da juventude em diferentes épocas. A inspiração provém do romance de Augusto Abelaira, A Cidade das Flores, de 1959. Passado em Florença, na época da ascensão e afirmação do fascismo de Benito Mussolini (porque Abelaira não o podia situar em Portugal ou seria censurado), este livro tem inspirado e levado a reflectir sobre a resistência ou a luta activa contra os sistemas autoritários – velhos e novos - e a inércia que se instala. Inércia esta à qual, em tempos, se dava o nome de conformismo, resignação, ou mesmo, colaboração. Escrevia Abelaira em 1961, "tenho esperança de que, dentro de 50 anos, A Cidade das Flores já não seja lida". O seu desejo, contudo, não se cumpriu. Juventude Inquieta cruza várias gerações de intérpretes-criadoras/es em cena, debruçando-se sobre o mesmo conjunto de questões: como se avança daqui para a frente? Como se combate a ascensão dos velhos e novos fascismos? Haverá uma cidade das flores que nos espera?