TEATRO: Frei Luís de Sousa (Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa - até 7 Abril)
Texto: Almeida Garrett
Encenação: Miguel Loureiro
Cenografia: André Guedes
Figurinos: José António Tenente
Com: Álvaro Correia, Ângelo Torres, Carolina Amaral, Gustavo Salvador Rebelo, João Grosso, Maria Duarte, Rita Rocha, Sílvio Vieira, Tónan Quito
Sinopse: Referência fundamental do cânone português, "Frei Luís de Sousa", de Almeida Garrett, apresenta-se na casa que este fundou para o Teatro Nacional e na sala que leva o seu nome. O actor e encenador Miguel Loureiro confronta-se com este clássico da nossa dramaturgia: "Como pode um «homem de teatro» português desenvolver a sua poética de cena sem se ver confrontado com um momento-mor do que foi, e ainda é, considerado um dos monumentos teatrais do romantismo e mesmo de todo o teatro escrito em Portugal? Relido como drama, ou encenado como tragédia, o "Frei Luís de Sousa" continua a exercitar uma medida para teatro que sempre foi nossa, que sempre nos serviu, não só na correspondência literária, mas sobretudo no imaginário". Entre reconhecimento e questionamento, Miguel Loureiro encena com uma intenção clara: "darmo-nos a ler através deste legado".
"Frei Luís de Sousa" é uma obra de Almeida Garrett, estreada em 1843, que retrata a vida de Manuel de Sousa Coutinho e da sua esposa D. Madalena de Vilhena, uma mulher muito supersticiosa, que acredita que qualquer sinal fora do normal é um presságio. O dramatismo da obra é mais acentuado com a jovem filha D. Maria de Noronha, que sofre de tuberculose.
Almeida Garrett nasceu no Porto, a 4 de Fevereiro de 1799. Foi escritor, dramaturgo, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário. Uma das maiores figuras do romantismo português, foi um dos maiores impulsionadores do teatro em Portugal, tendo proposto a edificação do Teatro Nacional D. Maria II e a Criação do Conservatório de Arte Dramática, hoje Conservatório Nacional, ambos situados em Lisboa. Almeida Garrett faleceu a 9 de Dezembro de 1854, aos 55 anos.