TEATRO: As Cartas Ridículas do Sr. Fernando (Teatro Municipal Joaquim Benite - Almada/ 22 a 25 Outubro)
Dramaturgia e encenação: Paulo Moreira
Intérpretes: Bruno Martins e Tânia da Silva
Música: Carlos Paredes
Sinopse: "Meu querido amorzinho, hoje tenho tido imenso que fazer.": assim começa uma das cartas de Fernando Pessoa a Ofélia Queiroz. Na correspondência entre ambos, há quem pense vislumbrar um lado desconhecido do poeta - um relance de uma suposta "verdade". As cartas ridículas... assenta precisamente na suposição inversa. À dramatização da célebre correspondência, acrescenta-se a de outros textos, de Pessoa e do encenador do espectáculo. A dramatização decorre de uma leitura das cartas como se de um troca assimétrica se tratasse: Fernando Pessoa sabe o que está a fazer e vive os diálogos com Ofélia sobretudo como experiência que serve a sua produção poética, ao passo que Ofélia encara o romance irreflectidamente, como se de um desígnio do destino se tratasse.
A Companhia de Teatro do Algarve – ACTA , fundada em 1995, dirigida desde 1999 por Luís Vicente, tem, desde o início da sua actividade, levado à cena textos de dramaturgos como Gil Vicente, Manuel Teixeira Gomes, Edward Albee, Albert Camus, Nicolai Gogol, Sófocles, Shakespeare, Victor Haïm, José Saramago, Dario Fo/Franca Rame, entre outros. Nos últimos anos, tem desenvolvido igualmente diversos projectos operáticos, em colaboração com a Orquestra do Algarve: obras de Stravinski, Mozart, Offenbach e Ethel Smith. Criou ainda o projecto Teatro para a educação, distinguido em 2010 com o Prémio Gulbenkian – Educação.

