TEATRO: A Tragédia Optimista (Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada - 13 a 31 Janeiro)
De: Vsevolod Vichnievski (Rússia, 1900 - 1951)
Tradução: António Pescada
Encenação: Rodrigo Francisco
Produção: Companhia de Teatro de Almada
Cenografia: Manuel Graça Dias e Egas José Vieira
Figurinos: Ana Paula Rocha
Luz: Guilherme Frazão
Som: Miguel Laureano
Movimento: Catarina Câmara
Selecção musical: Levi Martins
Dramaturgia: Ângela Pardelha
Fotografia: Rui Carlos Mateus
Intérpretes: Adriano Carvalho, Ana Cris, André Albuquerque, André Pardal, Carlos Fartura, Carlos Pereira, Carlota Alves, João Tempera, José Redondo, Manuel Mendonça, Marco Trindade, Marinus Luyks, Miguel Eloy, Miguel Martins, Pedro Lima, Rui Dionísio
Sinopse: Em plena guerra civil russa, a tripulação anarquista de um navio que combatera na I Grande Guerra recebe um comissário bolchevique, que tem como missão mobilizá-la para a luta contra o exército branco. O comissário é, surpreendentemente, uma mulher, que muito rapidamente tem de impor-se. Segue-se um intenso debate ideológico, no qual se discutem os valores e os ideais da Revolução. E, pouco a pouco, da antiga tripulação anarquista começa a surgir um verdadeiro colectivo. Não satisfeito com o carácter revolucionário e subversivo da peça, Vichnievski quis destacar ainda o papel fundamental das mulheres num dos episódios mais marcantes da História mundial. Larissa Reissner – a primeira mulher a chegar a comissária no seio do exército Vermelho –, serviu de inspiração para a protagonista. No jornal francês L’Humanité, Marina da Silva considerou que “é uma obra que convida, citando Gramsci, a ‘aliar o pessimismo da inteligência ao optimisto da vontade’ – para que possamos analisar a realidade contemporânea”.