POSTAL GRANDE GUERRA - O Caso Aragão
O caso Aragão marcou o Verão de 1915 de forma quase caricata, opondo o Governo "guerrista" do Partido Democrático a um militar de carreira, defensor da República e da participação de Portugal na guerra, mas que recusou todas as honras que lhe queriam impor para o tornar num herói do regime. Francisco de Aragão tinha sido feito prisioneiro em Naulila, no sul de Angola, em combate contra os alemães, em finais de Dezembro de 1914. Libertado por forças sul-africanas, regressou então em Agosto de 1915 à metrópole, que o julgava morto. Este postal, ficcionado, reflecte que, tal como o próprio Aragão, muitos se demarcavam da propaganda do regime.