Selma Uamusse nasceu em Moçambique e veio para Portugal com 6 anos de idade, tendo crescido em Lisboa. Tinha apenas 3 anos quando começou a cantar e entrou numa escola de música, ainda em Moçambique. Já em Portugal, licenciou-se em Engenharia, na área de Planeamento Urbano, trabalhou como engenheira em várias empresas durante 5 anos, mas decidiu terminar a carreira como investigadora no Instituto Superior Técnico para se dedicar por inteiro à música. Fez parte de um coro gospel, integrou a banda WrayGunn e canta habitualmente com Rodrigo Leão. Em 2018, lançou o seu primeiro álbum a solo, "Mati", e, recentemente, foi editado o seu segundo longa-duração, "Liwoningo", que significa luz em Chope, uma das várias línguas de Moçambique. Segundo a artista, este é um disco que "acentua o património imaterial africano, de Moçambique". Para Selma Uamusse, "uma africanidade que continua a inspirar letras e melodias, mas que se mistura por esse mundo fora, em temas e arranjos, uns mais próximos da tradição do folclore, outros que vagueiam entre o electrónico, o rock, o afro-beat e o experimental, mantendo sempre como lugar comum a potência do ritmo, da língua ou das sonoridades africanas, abrindo espaço para outras influências, da música portuguesa e brasileira".