MINI LETRAS LUSAS: "Um Azul para Marte", de José Saramago
Texto: José Saramago
Ilustrações: Claudia Legnazzi (Argentina)
Editora: Porto Editora
Sinopse: «A noite passada fiz uma viagem a Marte. Passei lá dez anos...
Comprometi-me a não divulgar os segredos dos marcianos, mas vou faltar à minha palavra.»
Neste conto, publicado originalmente em 1969 no jornal A Capital e incluído no volume de crónicas Deste Mundo e do Outro (1971), a escrita incomparável de José Saramago leva-nos numa viagem espacial até uma utopia em Marte, uma jornada que ganha vida graças às deslumbrantes ilustrações de Claudia Legnazzi.
«Para as crianças, a história é uma aventura lúdica, mas também uma semente de questionamento [...] Já para os adultos, soa como um lembrete do poder da literatura infantil de Saramago, simples na forma, profunda na mensagem.» (Cruzeiro do Sul, Brasil)

José Saramago nasceu a 16 de Novembro de 1922, na aldeia da Azinhaga, concelho da Golegã, no Ribatejo. Autor de mais de 40 títulos, em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte. No final dos anos 50, tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário. Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis. Em 1971, assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e, em Abril de 1975, é nomeado director-adjunto do Diário de Notícias. No princípio de 1976, instala-se no Lavre (Montemor-o-Novo) para documentar o seu projecto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de Junho, na ilha espanhola de Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo. No ano de 2007, foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou postumamente, a 16 de Novembro de 2021, José Saramago com o grande-colar da Ordem de Camões, pelos "serviços únicos prestados à cultura e à Língua Portuguesas", no arranque das comemorações do centenário do nascimento do escritor.
