MINI LETRAS LUSAS: "Alexandre Serpa Pinto - O Sonhador da África Perdida", de Luís Almeida Martins e Filipe Abranches
Texto: Luís Almeida Martins
Ilustrações: Filipe Abranches
Editora: Pato Lógico e INCM (Imprensa Nacional - Casa da Moeda)
Sinopse: Alexandre Serpa Pinto era um espírito indomável. Quando era novo, brincava com as espadas que ajudava o pai forjar. Mais tarde, foi expulso da Universidade de Coimbra por desacatos com um professor. Nem a tropa o acalmou. O seu desejo de aventura só ficaria saciado com as várias expedições a África, na companhia de um papagaio e uma cabra, num tempo de colonialismo, mapas cor-de-rosa e ultimatos. África — cujas riquezas estavam a ser exploradas e repartidas pelas potências europeias — fascinava-o mais a ele, como uma terra de mistério, aventura e sonho.
Houve um homem que atravessou África a pé com um papagaio ao ombro e uma cabra ao lado. Não era uma pessoa comum, pois as pessoas comuns não costumam atravessar a pé a África (ou qualquer outro continente) acompanhados de uma cabra e de um papagaio. Mas também não era nenhum tonto. Quando muito, era um «grande maluco», e isto é um elogio.
"Grandes Vidas Portuguesas" é uma colecção de biografias de personalidades que se destacaram em vários domínios da nossa História. É publicada em parceria pelo Pato Lógico e pela INCM.
Luís Almeida Martins nasceu em Lisboa em 1949 e licenciou-se pela Faculdade de Letras, tendo participado nas lutas estudantis da segunda metade da década de 1960. Jornalista, divulgador de temas históricos, escritor, tradutor e guionista para TV e BD. É actualmente editor da Visão História. Em 1975 foi um dos fundadores do semanário O Jornal, depois de ter sido redactor da revista Flama e do vespertino A Capital. Fundou e dirigiu a revista História de 1978 a 1993. Foi director do semanário Se7e e director-adjunto do Jornal de Letras. Traduziu diversos livros de Rider Haggard. "História Não Oficial de Portugal" e "365 Dias com Histórias da História de Portugal" são as suas principais obras de divulgação histórica. Entre diversos outros livros publicados, é autor dos romances "Viva Cartago" e "O Tesouro Africano". É autor da biografia "Alexandre Serpa Pinto - O Sonhador da África Perdida", ilustrado por Filipe Abranches, para a colecção Grandes Vidas Portuguesas, uma co-edição Pato Lógico/Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
Filipe Abranches nasceu em Lisboa, no ano de 1965. É licenciado em Realização pelo curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC). Professor no departamento de Ilustração/Banda Desenhada do Ar.Co. Foi docente da ESAP/Guimarães entre 2006 e 2008, tendo sido o coordenador do primeiro Mestrado em Ilustração do país. Iniciou a actividade em BD na revista LX Comics no início dos anos 90. É ilustrador do semanário Expresso e publicou ilustrações em diversos jornais: Público, Le Monde (França), O Independente e jornal i. Destacam-se os seguintes álbuns de banda desenhada publicados: "História de Lisboa", "O Diário de K." e "Solo". Com "Pássaros", o seu primeiro filme de animação, venceu o prémio Restart de melhor realização no Festival IndieLisboa 2009. Realizou, entretanto, dois outros filmes de animação: "Sanguetinta" (2012) que estreou no Curtas de Vila do Conde, e "Chatear-me-ia morrer tão joveeeeem" com estreia no Festival IndieLisboa em 2016. Ilustrou o livro "Alexandre Serpa Pinto - O Sonhador da África Perdida", com textos de Luís Almeida Martins, título da colecção Grandes Vidas Portuguesas, uma co-edição Pato Lógico/ Imprensa Nacional - Casa da Moeda.