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26
Mar22

LETRAS LUSAS: "Trilogia das Constelações", de Mário Cláudio

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Editora: Dom Quixote

 

Sinopse: Reúne três romances em que Mário Cláudio percorre de formas distintas as constelações da vida humana e descreve como diferentes personagens reagem às pressões do cosmos. Em Ursamaior, o narrador visita na cadeia o autor do homicídio de uma jovem estudante de Medicina no Porto, mas acaba por contactar com outros reclusos (violadores, traficantes, burlões…), apresentando-nos, sem paninhos quentes, o mundo violento que os muros da prisão encerram.

Também baseado em factos reais, mas em pleno reinado de D. João II, o labiríntico Oríon toma a história de sete crianças judias separadas das respectivas famílias e degredadas em São Tomé, assim punindo os seus pais pela ousadia de desafiarem os mandamentos da fé cristã.

Já Gémeos relata a história de um amor tenebroso entre um velho pintor e a filha da sua amante - uma adolescente que tão depressa o atrai como o exaspera -, bem como das várias personagens que o acompanham no final da vida e que serão retratadas nas suas pinturas murais.

Um trio de obras excepcionais, em que as existências cintilam, como estrelas, diante das fases obscuras por que passam. Como refere o crítico e académico Manuel Frias Martins, «só a melhor literatura consegue penetrar na realidade deste modo».

 

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Mário Cláudio, pseudónimo de Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nasceu a 6 de Novembro de 1941, no Porto. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se diplomou também como bibliotecário-arquivista, e master of Arts em Biblioteconomia e Ciências Documentais pelo University College de Londres, revelou-se como poeta com o volume Ciclo de Cypris (1969). Tradutor de autores como William Beckford, Odysseus Elytis, Nikos Gatsos e Virginia Woolf, foi, porém, como ficcionista que mais se afirmou. Publicou, com o nome próprio,  um Estudo do Analfabetismo em Portugal, obra que reúne a sua tese de mestrado e uma comunicação apresentada no 6.° Encontro de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas Portugueses, em 1978. Colaborador em várias publicações periódicas, como Loreto 13Colóquio/LetrasDiário de LisboaVérticeJornal de Letras Artes e IdeiasO Jornal, entre outros, foi considerado pela crítica, desde a publicação de obras como Um Verão Assim, um autor para quem o verso e a prosa constituem modalidades intercambiáveis, detendo características comuns como a opacidade, a musicalidade e a ruptura sintática, subvertendo a linearidade da leitura por uma escrita construída como "labirinto em espiral". A obra de Mário Cláudio apresenta uma faceta de investigador e de bibliófilo que, encontrando continuidade na sua actividade profissional, inscreve eruditamente cada um dos livros numa herança cultural e literária, portuguesa ou universal. Dir-se-ia que a sua escrita, seja romanesca, seja em colectâneas de pequenas narrativas (Itinerários, 1993), funciona como um espelho que devolve a cada período a sua imagem, perspectivada através de um rosto ou de um local, em que o próprio autor se reflecte, e isto sem a preocupação de qualquer tipo de realismo, mas num todo difuso e compósito, capaz de evocar o sentido ou o tom de uma época que concorre ainda para formar a época presente.

 

Mário Cláudio recebeu, em 1985, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores por Amadeo (1984), o primeiro romance de um conjunto posteriormente intitulado Trilogia da Mão (1993); em 2001 recebeu o Prémio Novela da mesma associação pelo livro A Cidade no Bolso e, em Dezembro de 2004, foi distinguido com o Prémio Pessoa. Para além das obras já mencionadas, são também da sua autoria Guilhermina, A Quinta das VirtudesTocata para Dois ClarinsO Pórtico da GlóriaPeregrinação de Barnabé das ÍndiasUrsamaiorOríonAmadeuGémeos, Triunfo do Amor Português, Tiago Veiga - Uma Biografia, Retrato de Rapaz, Os Naufrágios de Camões e Embora eu seja um Velho Errante, entre outros. O autor tem também trabalhos publicados na área da poesia (como Ciclo de CyprisTerra Sigillata e Dois Equinócios), dos ensaios (Para o Estudo do Alfabetismo e da Relutância à Leitura em Portugal, de 1979, entre outros), do teatro (por exemplo, O Estranho Caso do Trapezista Azul) e da literatura juvenil (A Bruxa, o Poeta e o Anjo).

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