LETRAS LUSAS: "O Fado da Severa", de Maria João Lopo de Carvalho
Editora: Oficina do Livro
Sinopse: Na Mouraria, cruzam-se dois mundos quando a noite cai. O dos marujos, dos rufiões, das mulheres de má vida, as tabernas enchem-se com os filhos enjeitados da cidade. À procura de consolo, de um regaço pago, de vinho e de fadistagem. Vão eles e os nobres, embuçados, em busca do fruto proibido.
Longe do São Carlos, onde as damas e as jóias são legítimas, dos palácios nas Laranjeiras, mergulham no mundo sórdido e apaixonante onde se canta e bate o fado. E ninguém o faz melhor do que Severa, filha de cigano e de meretriz. Do pai herda o tom de pele, o sangue quente; da mãe a profissão e as artes de prender os homens.
São muitos os que a visitam, mas só um lhe deixa marca, o Conde de Vimioso. É dele e da Severa esta história, nascida entre corridas de toiros, casas de má fama, recitais privados. É esse o amor proibido que Maria João Lopo de Carvalho tão bem evoca, num tom que nos remete para uma Lisboa feroz e verdadeira.
Uma história onde brilham sempre a luz e as sombras dessa Lisboa e o indomável espírito de Severa: a cigana que inventou o fado, a mulher que vendeu o corpo - mas que nunca vendeu a alma.
Maria João Lopo de Carvalho nasceu em 1962, em Lisboa, e licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa. Foi professora de Português e de Inglês, criou a primeira escola de Inglês em regime extracurricular para os mais novos e trabalhou como copywriter em Publicidade. Passou ainda pelas áreas de Educação e Cultura na Câmara Municipal de Lisboa. Tem mais de setenta títulos editados, entre romances, livros de crónicas, manuais escolares - com a chancela do Instituto Camões - e dezenas de livros infanto-juvenis, a maior parte deles no Plano Nacional de Leitura. O seu primeiro best seller, Virado do Avesso, foi publicado em 2000. O Fado da Severa é o seu quarto romance histórico, depois de Marquesa de Alorna (2011), Padeira de Aljubarrota (2013) e Até que o amor me mate - As Mulheres de Camões (2016).