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alma-lusa

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05
Fev18

LETRAS LUSAS: "O Cavalo Espantado", de Alves Redol

 

 

 

Editora: Caminho

 

Sinopse: "O Cavalo Espantado" será, talvez mais que nenhum outro, [...] o romance da «destruição» do homem, em que surge, mais ou menos complexamente equacionado, um mundo velho que se desagrega em bloco: ou o romance da solidão, da angústia e da inacção. Os milionários Jadwiga e Leo, refugiados austríacos, «judeus com dinheiro», em Lisboa, chegados à capital portuguesa em Fevereiro de 1939, são personagens que gravitam na órbita de um mundo que está a morrer (e eles recusam-se a morrer fisicamente), nem sequer são anti-nazis convictos, querem é salvar a pele e todo o dinheiro possível. Que poderá Pedro Dias fazer por eles? (Alexandre Pinheiro Torres)

 

"O Cavalo Espantado", de Alves Redol, foi editado, pela primeira vez, em 1960. Regressa agora às livrarias numa nova edição.

 

 

 

António Alves Redol nasceu a 29 de Dezembro de 1911, em Vila Franca de Xira, e faleceu a 29 de Novembro de 1969, em Lisboa. Romancista e dramaturgo, filho de um pequeno comerciante ribatejano, obteve um curso comercial, conheceu em Angola a pobreza e o desemprego e desenvolveu em Lisboa várias actividades profissionais. Militante do Partido Comunista e empenhado na luta de resistência ao regime salazarista, compreendeu a literatura como forma de intervenção social, sendo um dos seus primeiros romances, Gaibéus , considerado um dos textos literários fundadores da narrativa neo-realista. Ao longo de uma longa e coerente produção literária, Alves Redol trouxe para o romance personagens, temas e situações ignorados pela literatura, postura que lhe valeu, simultaneamente, o êxito junto de um grande público e o ataque impiedoso da crítica, que apontava como deficiências de escrita a linguagem simples da sua prosa e o esquematismo das tramas romanescas. Acusações que pareciam corroboradas pela despretensão e modéstia literárias manifestadas pelo autor nas epígrafes das suas obras, como sucede em Gaibéus, precedido do aviso de que "Este romance não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem". No prefácio a Barranco de Cegos (Lisboa, 1970), Mário Dionísio compara o destino da obra de Redol ao dos romances de Zola que, ao escolher temas malditos como o operariado e os conflitos sociais, recebeu durante anos a aversão dos críticos, até ser redescoberto em leituras inovadoras que revelaram a estrutura épica dos seus romances e a reformulação de mitos contemporâneos nessa prosa chocante, intensa, por momentos quase surrealista.

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