LETRAS LUSAS: "Nocturno", de António Canteiro
Editora: Gradiva
Sinopse: O romance Nocturno, de António Canteiro, venceu o Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa de 2020, tendo sido considerado pelo júri «uma proposta consistente e original». O júri destaca ainda «o vocabulário poético, o rigor e a estrutura criativa desta obra, que apresenta uma escrita de qualidade, hábil combinatória ficcional das componentes biográfica, memorialística e ensaística interartes, com páginas verdadeiramente geniais».
O contexto do romance é o da sub-região da Gândara, de Carlos de Oliveira, no tempo da gripe pneumónica (em 1918), uma pandemia muito semelhante à que vivemos hoje. O protagonista, o músico António de Lima Fragoso, sucumbe aos 21 anos à doença da febre amarela. Foi no dia 13 de Outubro daquele ano, o mês fatídico em que mais três irmãos, duas primas e uma tia são vítimas mortais da mesma doença, todos debaixo do mesmo tecto, na sua casa da Pocariça, em Cantanhede.
António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz, nasceu em 1964, em S. Caetano, no concelho de Cantanhede. Vive actualmente em Barracão, Febres, no mesmo concelho. Conta com as seguintes obras publicadas: Parede de Adobo, romance de estreia que recebeu Menção Honrosa do Prémio Literário Carlos de Oliveira, em 2005; Ao Redor dos Muros, romance que venceu o Prémio Literário Alves Redol, em 2009; Largo da Capella, romance que obteve a Menção Honrosa do Prémio Literário João Gaspar Simões, em 2011; O Silêncio Solar das Manhãs, que venceu o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama, em 2013; Logo À Tarde Vai Estar Frio, romance galardoado com Menção Especial do Júri no Prémio João José Cochofel/Casa da Escrita de Coimbra, e vencedor, em 2015, do Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho; Na Luz das Janelas Pestanejam as Sombras, livro de poesia que arrecadou o Prémio Bocage em 2015; A Luz Vem das Pedras, romance que venceu, em 2015, o Prémio Alves Redol.