LETRAS LUSAS: "Meridiano 28", de Joel Neto
Editora: Cultura
Sinopse: Na Lisboa do século XXI, José Filemom Marques, dono de uma loja de computadores antigos, recebe a visita de um americano com os gestos e a pose de Morgan Freeman. A estranha proposta que este lhe faz leva-o numa série de viagens entre a Europa e a América, e que vem a desembocar na pitoresca cidade da Horta, nos Açores, onde dormem agora os últimos sinais do grande vulcão.
Oitenta anos antes, o tio Hansi Abke integrara a elite de telegrafistas alemães, ingleses e americanos que, na ilha do Faial, se empenhavam em pôr o mundo em contacto, vivendo em harmonia (e em festa) em plena Segunda Guerra Mundial. No mar em frente emergiam os periscópios de Hitler; dezenas de navios britânicos eram afundados todos os meses; os aviões de Roosevelt demoravam a chegar. Já em terra, as crianças inglesas continuavam a frequentar a escola alemã, dividindo as carteiras com meninos adornados de suásticas.
As famílias juntavam-se para piqueniques e bailes de jazz. Os hidroaviões da Pan American faziam desembarcar músicos e estrelas de cinema, estadistas e campeões de boxe. Viviam-se as mais arrebatadoras histórias de amor - inclusive essa que separara Hansi e o amigo inglês, o belo e vigoroso Roy Groves...
Mas quem foi Hansi Abke? Que sombra lança hoje sobre o destino de José Filemom, o sobrinho criado no Brasil?
Um romance que vai de Lisboa a Nova Iorque, de Friburgo a Praga, de Bristol a Porto Alegre e às ilhas açorianas, onde todos são descobertos e ninguém pode ser apanhado. Um reencontro entre dois homens de tempos distintos e que talvez tenham mais em comum do que aquilo que gostariam de ter...
Joel Neto nasceu em 1974, em Angra do Heroísmo, capital da ilha Terceira, nos Açores. É autor, entre outros, de Arquipélago (romance, 2015) e A Vida no Campo (diário, 2016), aplaudidos tanto pela crítica como pelos leitores. Trabalhou para a maior parte dos grandes jornais portugueses como repórter, editor e colunista. Depois de vinte anos em Lisboa, regressou em 2012 aos Açores, no intuito de se dedicar inteiramente à literatura. Vive com a mulher no lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, onde tem dois cães, um jardim de azáleas e um pomar.
