LETRAS LUSAS: "Contos do Gin-Tonic - Edição do Cinquentenário 1973-2023", de Mário Henrique-Leiria
Editora: E-primatur
Sinopse: Considerado por muitos como a grande pedrada no charco da literatura portuguesa do seu tempo, continua hoje, 50 anos depois, um marco da irreverência. Publicado em 1973, causando ao mesmo tempo muito prurido e muita gargalhada, os Contos do Gin-Tonic constituíram-se como um dos grandes êxitos literários da década. Nesse ano foi considerado pelo Diário de Notícias como livro do ano.
No entanto, desenganaram-se aqueles que pensavam que era uma moda passageira e que o Autor, esse malandro subversivo, iria cair no esquecimento. No ano seguinte, Mário-Henrique publicou os seus Novos Contos do Gin e, de lá para cá, confirmou a sua posição enquanto Autor raro de culto das letras lusas.
Gerações e gerações de leitores recorrem aos seus textos para afirmar a sua adolescência, marcar posição, provocar ou simplesmente para lerem quando estão com gases, como sugeria o próprio.
Passados 50 anos da sua publicação original e do ano em que o Autor faria um século, os editores consideraram que, apesar de a sua obra completa estar disponível, era, ainda assim, importante deixar os Contos do Gin-Tonic publicados isoladamente, como um convite dirigido aos que ainda não o conhecem ou como porta de entrada para o universo intemporal de Mário-Henrique Leiria.
Mário-Henrique Leiria nasceu a 2 de Janeiro de 1923, em Lisboa. É um dos nomes maiores das letras lusas e um dos grandes autores de culto do século XX. Expoente maior do surrealismo, Mário-Henrique Leiria foi um obreiro das literaturas alternativas quer como escritor, experimentalista sempre, brilhante eternamente, quer como tradutor que foi de várias literaturas e géneros de vanguarda à época (ficção científica ou policial psicológico). A obra de Mário-Henrique Leiria, sendo curta, aborda os mais diversos géneros e formas. Para além dos famosos Contos do Gin-Tonic e Novos Contos do Gin-Tonic, podem encontrar-se poesia, colagem, novela, cartas, traduções, prefácios e artigos. Autor de culto, é certamente uma das vozes mais originais e invulgares das letras lusas do século passado. Para além de escritor, foi editor (no Brasil, onde esteve exilado), pintor, e encenador teatral. Mário-Henrique Leiria faleceu a 9 de Janeiro de 1980, aos 57 anos de idade.