Faleceu ontem, aos 92 anos, o pintor Júlio Pomar.

Júlio Artur da Silva Pomar nasceu a 10 de Janeiro de 1926, em Lisboa. Estudou na Escola António Arroio, em Lisboa, e nas Faculdades de Belas-Artes de Lisboa e do Porto. Aos 16 anos, faz uma primeira exposição, num quarto alugado na Rua das Flores, e Almada Negreiros compra-lhe o seu primeiro quadro, "Os Saltimbancos".

Autor de uma obra multifacetada, que abrange pintura, desenho, cerâmica e gravura, mas também ensaios sobre pintura e livros de poesia, Júlio Pomar pertenceu à terceira geração de pintores modernistas portugueses e era um dos maiores nomes da cultura portuguesa. Era ainda um defensor da liberdade e, durante o tempo da ditadura, um forte opositor do Estado Novo. 

A obra de Júlio Pomar está representada em inúmeras colecções, públicas e privadas, em diversos museus nacionais e internacionais. Em 2013, foi inaugurado o Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa, que possui um acervo de centenas de obras do artista, incluindo pintura, escultura e desenho. 

Ao longo da sua vida, Júlio Pomar recebeu várias distinções, entre elas a Grã-Cruz da Ordem do Mérito (1989), Grande Oficial da Ordem da Liberdade (2004), Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras - França (2004) e Doutoramento Honoris Causa da Universidade de Lisboa (2013).

Retrato oficial de Mário Soares patente no Museu da Presidência (por Júlio Pomar)

"O Almoço do Trolha" (por Júlio Pomar)

"Gadanheiro" (por Júlio Pomar)