EXPOSIÇÃO: Dissecção/Dissection - VHILS (Museu da Electricidade - Lisboa/ 5 Julho a 5 Outubro)
É a primeira vez que um museu em Portugal faz uma exposição de Vhils. Ao longo de três meses, o Museu da Electricidade exibe a obra do mais famoso "street artist" nacional.
Dissecção é a primeira exposição individual de Alexandre Farto – de nome artístico Vhils – numa instituição artística portuguesa e a maior realizada pelo artista até à data. Patente no Museu da Electricidade, entre 5 de Julho e 5 de Outubro, a exposição irá apresentar um corpo de trabalho inteiramente novo concebido especificamente para o espaço, exterior e interior, do museu.
Em Dissecção, Vhils apresenta obras inéditas de grande dimensão, criadas especificamente para este projecto, que problematizam a memória colectiva das cidades, a vertigem das suas imagens, as histórias dos seus habitantes.
Apresentando-se como uma reflexão em profundidade sobre o espaço urbano em interacção com os seus habitantes, Dissecção toma como ponto de partida vários dos elementos intrínsecos a esse espaço. A intenção do artista é estabelecer, através dos vários ambientes, criados expressamente no espaço do Museu, um percurso que permite vivenciar a passagem de uma dimensão de ruído, caos e saturação visual – que exprime a vida nas cidades contemporâneas – para um cenário neutro. Vhils propõe-se fazer uma dissecção metódica de elementos urbanos familiares com recurso a vários suportes não convencionais e técnicas destrutivas que tem vindo a explorar no seu trabalho.
De reconhecimento recente, mas já solicitado para intervenções em todo o mundo,Vhils não se limita a usar os muros da cidade como suporte ou a transferir mecanicamente as soluções plásticas do exterior para as telas, revelando grande capacidade global de intervenção e invenção de espaços e meios.
Sobre o Artista
Alexandre Farto (1987), que também assina como Vhils, tem desenvolvido uma linguagem visual única com base numa estética do vandalismo derivada do seu background na pintura de graffiti.
Trabalha a remoção das camadas superficiais de paredes e outros suportes com ferramentas e técnicas não convencionais, estabelecendo reflexões simbólicas sobre a vivência no contexto urbano, a passagem do tempo e a relação de interdependência entre pessoas e meio. A sua inovadora técnica de escavação tem sido aclamada pela crítica. Desde 2005 tem apresentado o seu trabalho à volta do mundo em exposições individuais e colectivas, eventos e instituições, e intervenções site specific. Tem participado em alguns dos mais prestigiados projectos contemporâneos de arte urbana.