ESPECIAL I GUERRA MUNDIAL - RTP2 e RTP Memória
1914-2014 - 100 anos do início da I Guerra Mundial
Para assinalar a data, a RTP2 e a RTP Memória apresentam uma programação especial esta segunda-feira, 28 de Julho.
RTP2
Sociedade Civil (14h - 15h30) - Tema: I Guerra Mundial. Há 100 anos, Portugal envolveu-se - e viu-se envolvido - num conflito criado e nascido na (já na altura) velha Europa, sacudida, uma vez mais, por convulsões que sempre estiveram relacionadas com fronteiras das Nações ou com a tentativa de domínio dos Estados mais fortes. Tudo isto dentro de um espaço que o saber dos Homens permitiu ser Pátria do Conhecimento e do Desenvolvimento.
O que motivou o envolvimento de Portugal, a forma como o fez, os resultados objectivos de uma intervenção que nos fez combater em África, no Atlântico e na Europa e que nos custou 7760 vidas e mais de 30 000 baixas, entre feridos, desaparecidos, incapazes e prisioneiros, tem sido estudado, discutido e alvo de perspectivas justificativas diversas.
I Guerra Mundial - 100 Anos Depois (22h45) - Um debate moderado por António Luís Marinho sobre as razões da Primeira Grande Guerra. Com a historiadora Fernanda Rollo, o historiador Luís Farinha e o professor Azeredo Lopes.
O Lamento da Guerra (23h50) - Documentário da BBC. A Primeira Guerra Mundial foi um dos grandes pontos de viragem da história moderna. Nós sabemos - ou pensamos que sabemos - onde e quando tudo começou. Na capital bósnia de Sarajevo, em 28 de Junho de 1914, o arquiduque austríaco Francisco Fernando foi assassinado. Mas como e por que é que esta crise nos Balcãs se transformou numa guerra mundial sangrenta? Será que a Grã-Bretanha tinha realmente de lutar e iniciar uma guerra contra a Alemanha? E o que dizer sobre se esta guerra impulsionou a humanidade para a violência? Neste documentário fascinante sobre a Grande Guerra, Niall Ferguson, professor e historiador, argumenta que grande parte da responsabilidade da escala do conflito reside nos britânicos. Ele sugere que a decisão da Grã-Bretanha entrar na guerra em 1914 não foi apenas trágico para aqueles que perderam as suas vidas, foi também um erro catastrófico que desencadeou uma era de totalitarismo e genocídio em todo o mundo.
Tanto para Conversar (00h45) - Convidado: Bernardo Pinto de Almeida. "Tanto para Conversar" é um espaço de troca de ideias entre convidados e apresentador. O conceito deste programa é dar importância à palavra e a partir daí a conversa é um encontro entre o convidado e o seu interlocutor. Às 2ªs feiras, a moderadora é Inês Meneses e o convidado desta noite é o professor catedrático Bernardo Pinto de Almeida. Neste encontro, conversam sobre os movimentos culturais da I Guerra Mundial.
Concerto Sarajevo 2014 (01h30) - Nas comemorações do centenário da I Grande Guerra, a Orquestra Filarmónica de Viena realizou um concerto em Sarajevo, perto do local onde o arquiduque austríaco Francisco Fernando foi assassinado há 100 anos.
RTP Memória
Crónica do Século (18h00) - Tema: As Guerras da República 1910 - 1917. Laboratório de ideias e ideais como o Estado laico, a educação obrigatória e gratuita, a redução do horário de trabalho e o descanso obrigatório ao domingo, a República teve contra ela os sectores mais conservadores do país, mas também uma parte do operariado, dominado pelos anarco-sindicalistas, para quem Governo e Estado eram realidades a abater. Teve também contra ela, do ponto de vista histórico, a imagem criada pelo salazarismo: um tempo de disputas políticas sem tréguas nem princípios, de irresponsabilidade política e caos social.
Vários depoimentos e imagens ajudam a compreender melhor o que foi, de facto, a Primeira República, que nunca teve, afinal, tempo de consolidar-se e, sempre atacada internamente pelos monárquicos, que nunca desarmaram, acabou por não resistir às consequências da Primeira Guerra Mundial.
Os Naufrágios do Wilhelm Krag e do Torvore (19h30) - À semelhança de todo o litoral português,
As Grandes Batalhas de Portugal (20h45) - Batalha de La Lys. Em Fevereiro de 1917, os primeiros homens do Corpo Expedicionário Portugês (CEP) embarcam em Lisboa com destino à Flandres. Juntamente com franceses e ingleses, vão lutar na que seria conhecida como a Primeira Guerra Mundial e que então se arrastava, sem solução à vista, desde 1914. O cenário era de horror. Os portugueses, rurais e analfabetos na sua maioria, não estavam preparados para aquele tipo de guerra. As forças humanas e tecnológicas envolvidas e necessárias para o conflito eram muito superiores à capacidade do País, que sofria internamente uma forte convulsão política e social. Na madrugada de 9 de Abril de 1918, após meses na Frente Ocidental e sem o apoio logístico necessário, o CEP é surpreendido pela Ofensiva da Primavera. Do lado português estavam cerca de 20.000 homens e do lado alemão 100.000 soldados preparados para varrer do mapa o sector português. As baixas portuguesas foram muitas, cerca de 300 oficiais e 7.000 praças, entre mortos, feridos e prisioneiros. Em poucas horas, o sector português foi ocupado mas "os bravos soldados portugueses", como lhes chamou posteriormente Douglas Haig, combateram com bravura na 1ª Linha, retardando a Ofensiva e permitindo uma reorganização do 1º Exército Britânico.
Filme: João Ratão (22h35) - A comédia musical como raro exemplo da participação portuguesa na I Grande Guerra, única em representação ficcional. Para tal, foram construídos - nos estúdios da Tobis Portuguesa - um abrigo subterrâneo, uma trincheira e as linhas alemãs, por soldados do exército sob orientação de oficiais.