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15
Jun16

DOC TV: O Mundo de Cá (RTP2/ 5ª, 16 - 23h00)

o mundo de cá.jpg

 

 

A expressão "O Mundo de Cá" foi usada pelo vice- rei D.Francisco de Almeida, em 1505, numa carta ao rei D. Manuel. D. Francisco referia-se à Índia, ao mundo oriental.


O propósito desta série documental é mostrar as civilizações que os portugueses encontraram quando chegaram ao sub-continente indiano e a Ceilão. Não se trata de outro documentário sobre os vestígios portugueses no Oriente. Trata-se, pelo contrário, de pôr em evidência a cultura dos outros: dos indianos e dos cingaleses.


Os 6 programas percorrem três áreas geográficas distintas e três grandes culturas (a hindu, a muçulmana e a budista). "O Mundo de Cá" procura abordar o chamado "encontro de culturas" entre os portugueses e os povos do Oriente, mas também os desencontros e os conflitos.


Coordenada e realizada por Camilo Azevedo , que também é co-autor com Paulo Varela Gomes, esta série é produzida pela RTP em colaboração com a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos. Apresentação de Paulo Varela Gomes e locução de Maria Flor Pedroso. 

 

A série documental "O Mundo de Cá" foi exibida na RTP em 1995 e, agora, a RTP2 volta a exibi-la. O apresentador da série, Paulo Varela Gomes, escritor, cronista e historiador de arte, faleceu no passado mês de Abril, aos 63 anos de idade. 

 

Quintas-feiras, às 23h00, na RTP2.

 

1º episódio - Pedras de Cambaia

Os primeiros contactos dos portugueses com a cultura e a civilização indianas assentaram num grande equívoco histórico: o mito de que a Índia era ou teria sido cristã. É este o tema do 1º programa de "O Mundo de Cá".

Depois de uma introdução à arte e à religião hindus nos templos de Badami (esculpidos na rocha no século VII d. C.), contam-se histórias de esculturas hindus trazidas para Portugal no século XVI, viaja-se até à região da actual Bombaim para ver os templos de Elefanta e Kaneri, visitados por Garcia da Orta e D. João de Castro. Na região de Cochim, por entre lagunas e santuários, seguem-se os passos do Apóstolo S. Tomé, o lendário evangelizador da Índia. 

 

2º episódio - Taprobana

Do mito de uma Índia cristã, abordado no 1º programa, passa-se agora ao desabar de outro mito: o do Paraíso Terreal.

Conta-se a história da chegada dos portugueses à lendária Taprobana, Ceilão (hoje Sri Lanka), e dos primeiros contactos com a cultura budista. No velho santuário de Kellanyia, recordam-se alguns aspectos essenciais dessa cultura e mostram-se seguidamente dois sítios espectaculares: o palácio de Sigyria, construído sobre uma rocha a 200 metros de altura, e as ruínas da velha capital budista de Pollonaruwa.


Confrontados com as civilizações da ilha, os portugueses percebem que não tinham chegado ao paraíso de que falavam velhas lendas ocidentais mas a uma região muito rica pela qual valia a pena lutar.

 

3º episódio - Benastarim

O programa começa em Goa, a cidade onde os portugueses quiseram fazer um espelho de Portugal. Alguns templos perdidos no interior mostram o passado próprio do território e uma viagem até às belíssimas arquitecturas de Bijapur, no interior da Índia, introduz a cultura muçulmana e a obra dos sultões Adil – Shah que dominavam Goa antes da chegada dos portugueses. No Passo de Benastarim, referem-se os contactos entre portugueses e muçulmanos.

O documentário volta às extraordinárias paisagens de Ceilão para contar como ocorreu uma fatalidade histórica: a guerra sem quartel entre os portugueses, os seus aliados cingaleses, e os reinos budistas da ilha. 

 

4º episódio - O Dente de Buda

Em Kandy, nas montanhas de Ceilão, as imagens do grande Templo e das cerimónias aí realizadas recordam a destruição pelos portugueses de uma das mais preciosas relíquias do budismo: o dente de Buda.

O tema central deste programa é, de facto, a luta da cultura católica e ocidental dos portugueses contra as culturas do oriente na tentativa de as subjugar. Em Ceilão, em Goa e em Bijapur, percorrendo muitos templos, mesquitas e igrejas católicas pouco conhecidas ( Rachol, Talaulim), lendo os velhos papéis dos arquivos goeses, o programa conta histórias de intolerância e fanatismo, mas também de influências mútuas e de oportunidades perdidas.

 

5º episódio - Embaixada ao Badur

A primeira parte deste programa mostra o modo como as artes portuguesa e indiana de Goa constituem produtos híbridos de uma luta de culturas, através de imagens das igrejas de Assagão e S. Caetano, dos templos de Shri Lakshimi Narasinha e Shri Mangesh.

Na segunda parte, "O Mundo de Cá" viaja até aos bastiões de Diu. O tema é agora o confronto com os muçulmanos do sultanato de Cambaia e com o seu Sultão e Badur.

Seguindo as pisadas de embaixadores portugueses, o programa termina em Mandu, uma cidade longínqua e esquecida que foi capital do Badur no século XVI. 

 

6º episódio - O Vice-Rei

Fechando o grande círculo de "O Mundo de Cá", o último programa volta aos contactos iniciais dos portugueses com o Oriente: no interior do planalto do Decão mostram-se as extraordinárias ruínas do maior reino hindu do sul da Índia, o reino de Vijaianagar com o qual os portugueses tiveram muitos contactos. O confronto com costumes sexuais estranhos provocou as primeiras reacções de espanto e sedução.

Na segunda parte do programa, chega-se ao fim da história: nos restos soalhentos da Goa pacata do início do século XX e nas sombrias ruínas de Chaul, despedimo-nos do mundo de lá, definitivamente abandonado à lenda e à história. 

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