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24
Abr19

DOC TV: A Gravação Secreta da Assembleia "Selvagem" (RTP1 - 21h00)

A Gravação Secreta da Assembleia

 

Autoria: Jacinto Godinho

 

Sinopse: A gravação da lendária Assembleia de 11 de Março de 1975.

 

Nos 45 anos do 25 de Abril, a RTP mostra-lhe em exclusivo um documento inédito sobre o período do PREC (Período Revolucionário em Curso, 1974 - 1976). Trata-se da gravação original da célebre Assembleia do 11 de Março, mais conhecida por "Assembleia Selvagem". Durante anos, esse encontro de 11 para 12 de Março de 1975 foi fonte de muita especulação por causa do tema que dominou a Assembleia: os pedidos de fuzilamentos para os implicados no golpe. O general António Spínola fugira para Espanha com um grupo de 15 oficiais conspiradores, mas havia já dezenas de militares e civis presos e outros em vias de serem detidos, todos suspeitos de apoiarem o golpe militar. Grande parte dos militares envolvidos no golpe pertencia ao Movimento das Forças Armadas (MFA)  e participara no 25 de Abril. Era, portanto, para camaradas da revolução, que era pedida a pena de morte. Durante 45 anos trocaram-se acusações sobre os nomes dos militares que propuseram os fuzilamentos. A gravação áudio da Assembleia, que a RTP vai revelar, permite perceber de que forma a pena de morte foi discutida numa das noites mais importantes para a História do país. A fita revela os discursos mais polémicos, mas identifica também os "heróis" da noite, os homens que souberam, com notáveis discursos, impedir que a revolução portuguesa caminhasse para uma guerra civil e para um regime de terror.


Para uns, a reunião foi caótica, passou à história com uma série de decisões políticas desastrosas e por isso foram-na rotulando de "Assembleia Selvagem". Para outros, é um exemplo do nobre espírito dos homens do MFA que, num momento difícil, souberam reunir-se democraticamente e, em conjunto, conter os radicalismos defendendo a realização das eleições para a Constituinte, em Abril. A gravação da lendária Assembleia de 11 de Março, rotulada como "selvagem", é sem dúvida um documento para a História de Portugal.

 

Na sequência do ataque ao quartel RAL 1 (Regimento de Artilharia de Lisboa 1), e do falhado golpe do general Spínola, o então Presidente da República, general Costa Gomes, a Junta de Salvação Nacional e os membros militares do Governo são pressionados a enfrentar uma assembleia com cerca de duzentos militares do MFA para, frente-a-frente, analisar a situação, decidir o que fazer aos golpistas e tomar medidas para o futuro do país. Depois de oito horas e meia de reunião, a Assembleia decidiu algumas das medidas mais revolucionárias da História portuguesa, como a nacionalização da Banca e dos Seguros e a criação do Conselho da Revolução, que institucionalizou e garantiu a sobrevivência do MFA no seio de umas Forças Armadas conservadoras.

 

 

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