DANÇA: Se Desta Janela, Debruçando-me (Theatro Circo, Braga - 22 e 23 Setembro)
Criação e dispositivo cénico: Paulo Brandão (a partir de "O Marinheiro", de Fernando Pessoa)
Figurinos: Anja de Salles
Interpretação: Carminda Soares, Maria R. Soares, Francisca Sarmento
Sinopse: "Se Desta Janela, Debruçando-me" parte de "O Marinheiro", de Fernando Pessoa. Um texto que é a representação de um teatro sem acção, cuja energia está toda concentrada no que é dito por três veladoras num quarto circular. Nele há uma donzela morta. As três sonham um marinheiro. Será "O Marinheiro" uma armadilha montada por Fernando Pessoa, que prende três mulheres num castelo (uma ilha?) e nunca as chega a libertar? Queira-se ou não, "O Marinheiro" é um beco sem saída. Escrito em Setembro de 1913, completando há dias 110 anos, que sentido fará hoje descolonizar um texto tão estático? Será que Fernando Pessoa pensava na condição da mulher (portuguesa) ao escrevê-lo?