CINE ESTREIA: "Cruzeiro Seixas - As Cartas do Rei Artur", de Cláudia Rita Oliveira
Realização e Fotografia: Cláudia Rita Oliveira
Produção: JumpCut (Miguel Gonçalves Mendes)
Vozes: André Albuquerque, Joana Manuel
Música: Mighty Sands, Ricardo Freitas, Sara Vicente
Com: Cruzeiro Seixas
Sinopse: Artur Cruzeiro Seixas habita num labirinto onde todos os caminhos o levam a Mário Cesariny (1923 - 2006). Subjugado por esta obsessiva relação, Cruzeiro Seixas não viveu, mas deixou documentos desse não viver. 96 anos de pintura e poesia à espera de um reconhecimento maior ao lado de outros autores surrealistas.
Prémio: Prémio do Público no DocLisboa 2016
Cláudia Rita Oliveira nasceu em Loulé, em 1976. Em 2000, licenciou-se em Design de Comunicação na Universidade do Algarve e termina com uma bolsa de mérito. Em 2004, concluiu o bacharelato na área de Montagem na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa. Entre 2003/2004, frequentou o departamento de Cinema Studies, na FAMU, em Praga e, em 2006, o Workshop de Documentário pelos Ateliers Varan, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. Trabalhou como designer gráfica para o Ministério da Cultura (delegação de Faro) e para empresas de multimédia. Realizou vídeo-instalações para performances, dança e teatro. Trabalhou em montagem para Pedro Costa, Miguel Gonçalves Mendes e Vera Mantero, entre outros. Realizou curtas-metragens e documentários e, desde 2011, também se dedica à realização de projectos fotográficos, tendo participado em várias exposições colectivas.
Filmografia:
Cruzeiro Seixas - As Cartas do Rei Artur (documentário, 2017)
Candidíase (curta-metragem, 2008)
Take my Head (curta-metragem, 2003)
Juntamente com "Cruzeiro Seixas - As Cartas do Rei Artur", estreará também a versão restaurada do documentário "Autografia" (2004), de Miguel Gonçalves Mendes, sobre Mário Cesariny.
Realização: Miguel Gonçalves Mendes
Imagem: Cláudia Rita Oliveira, Dino Estrelinha, Leonardo Simões, Hugo Azevedo, Hugo Coelho, Miguel Gonçalves Mendes, Nina Alves e Susana Nunes
Voz-off poema "Autografia": Paulo Reis
Figurino "Obituário": Mariana Sá Nogueira
Produção: JumpCut
Sinopse: Com este documentário pretende-se retratar não o poeta e pintor Mário Cesariny mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade.
Como espaço de acção privilegiou-se o seu quarto, por ser este, actualmente, a base da sua criação e da sua intimidade. É aqui que resiste tudo o que não se perdeu.
Sendo este um trabalho que vive sobretudo das questões colocadas (ausentes) e das respectivas respostas, optou-se por assumir como fio condutor um dos seus poemas - "Autografia" - que servirá de mote, através da sua análise para as questões intencionadas, de modo a que o filme assuma um carácter intimista, estabelecendo-se um diálogo entre quem o vê e quem é retratado.
Neste documentário/registo existem vários planos: o de análise do poema; o das respostas; o do seu trabalho (exposto na sua intimidade) e o da nossa própria interpretação; uma espécie de respigar/reciclar de citações e de conteúdos que acabam por nos permitir uma apropriação de Mário Cesariny. (Miguel Gonçalves Mendes)
Prémio: Melhor Documentário Português no DocLisboa 2004