Quatro filmes portugueses entre os melhores do ano para a "The New Yorker"
A revista norte-americana "The New Yorker" fez uma selecção dos 25 melhores filmes do ano e, nesta lista, estão incluídos 4 filmes portugueses: "O Estranho Caso de Angélica", de Manoel de Oliveira (8º); "Aquele Querido Mês de Agosto", de Miguel Gomes (10º); "Ne Change Rien", de Pedro Costa (11º) e a co-produção luso-francesa "A Religiosa Portuguesa", do franco-americano Eugène Green (15º).
"O Estranho Caso de Angélica", de Manoel de Oliveira
Sinopse: Passado na década de 1950, o filme começa com um fotógrafo hospedado num pequeno hotel e que é subitamente acordado durante a noite, pelos propietários, para que vá tirar uma foto à filha acabada de falecer...
"Aquele Querido Mês de Agosto", de Miguel Gomes
Sinopse: No coração de Portugal, serrano, o mês de Agosto multiplica os populares e as actividades. Regressam à terra, lançam foguetes, controlam fogos, cantam karaoke, atiram-se da ponte, caçam javalis, bebem cerveja, fazem filhos. Se o realizador e a equipa do filme tivessem ido directamente ao assunto, resistindo aos bailaricos, reduzir-se-ia a sinopse: " «Aquele Querido Mês de Agosto» acompanha as relações sentimentais entre pai, filha e o primo desta, músicos numa banda de baile." Amor e música, portanto.
"Ne Change Rien", de Pedro Costa
Sinopse: "Ne Change Rien" nasceu da amizade entre a actriz Jeanne Balibar, o director de som Philippe Morel e Pedro Costa. Jeanne Balibar, cantora, dos ensaios às gravações, dos concertos rock às provas de canto lírico, de um sótão em Saint-Marie-aux-Mines aos palcos de Tóquio, de Johnny Guitar à Périchole de Offenbach.
"A Religiosa Portuguesa", de Eugène Green
Sinopse: Julie de Hauranne, uma jovem actriz francesa que fala a língua da sua mãe, o português, mas que nunca esteve em Lisboa, chega pela primeira vez a esta cidade, onde vai rodar um filme baseado nas "Lettres Portugaises", de Guilleragues. Rapidamente, deixa-se fascinar por uma freira que vai rezar, todas as noites, para a capela de Nossa Senhora do Monte, na colina da Graça. No decurso da sua estadia, a jovem trava uma série de conhecimentos que, à imagem da sua existência anterior, parecem efémeros e inconsequentes. Mas, após uma noite em que, finalmente, fala com a freira, ela consegue entrever o sentido da vida e do seu destino.