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alma-lusa

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20
Abr13

DE ORIGEM PORTUGUESA: Sanduíche de Mortadela (São Paulo, Brasil)

 

Foi criada por portugueses há 80 anos e é um dos lanches mais famosos da cidade brasileira. Anthony Bourdain diz mesmo que é o seu preferido.

 

A palavra lanche tem um significado diferente em São Paulo e no Rio de Janeiro. No Rio, um lanche é aquela pausa a meio da tarde para comer qualquer coisa, como em Portugal. Em São Paulo, lanche significa sanduíche. E, lá, sanduíche é sinónimo de mortadela.

 

Se perguntar a qualquer paulista que se preze onde comer qualquer coisa típica de São Paulo, não esteja à espera de grandes feijoadas. Quase de certeza vão mandá-lo para o Mercadão, o mercado municipal da caótica cidade brasileira, onde, no meio de bancas de frutas com nomes esquisitos e preços ainda mais esquisitos (não se admire se quatro peças de fruta lhe custarem 15 euros), encontrará esta bomba calórica. "É o tipo de comida que nem quero saber o que leva", disse Anthony Bourdain no seu programa "No Reservations", numa das visitas ao Mercadão. "Nem me interessa se é saudável. É bom e tenho de comer."

 

Voltando à palavra "lanche", nem faria sentido usá-la neste contexto no Rio de Janeiro. Quem conseguiria digerir um lanche de 300 gramas de mortadela, mais pão francês, mais queijo, mais tomate e, a seguir, dar um mergulho na praia de Ipanema? Impossível.

 

Comer uma inteira é uma proeza que só os verdadeiros paulistas - ou os verdadeiros esfomeados - conseguem. Mas vale a pena tentar. É daqueles fenómenos gastronómicos que tanto agradam a chefes de cozinha como ao pior cozinheiro do mundo. A sanduíche foi inventada por dois primos portugueses, Jeremias e Alberto Loureiro, quando o mercado ainda estava em construção. Manoel foi o sucessor do negócio e, por isso, a banca passou a chamar-se Bar do Mané. Ao lado começaram a surgir outras do género, como o Hocca Bar, do português Horácio. O mais curioso é que, no início, todas elas apenas serviam uma ou duas fatias de mortadela na sanduíche.

 

(retirado do artigo "A sanduíche mais famosa de São Paulo" publicado no suplemento LiV do jornal i)

 

 

 

 
 

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