ISTO É PORTUGAL! - h3 hambúrguer gourmet
Origem: Lisboa
h3 é uma cadeia de hambúrgueres made in Portugal. Depois de Portugal, Espanha e Polónia, o conceito, criado por três amigos, chegou ao Brasil.
O que é que estes hambúrgueres têm de tão apetecíveis que, em menos de cinco anos, se tornaram num extraordinário sucesso e transformaram o negócio do trio Albano Homem de Melo, António Cunha Araújo e Miguel van Uden num case study sobre o novo empreendedorismo, objecto de várias teses de mestrado nas áreas de gestão?
Se a receita pode parecer simples - hambúrgueres cozinhados com carne do dia, espinafres frescos, arroz thai, batatas fritas às rodelas, molhos clássicos -, o verdadeiro ovo de Colombo está na ideia: quem se lembraria de inventar um negócio de fast food gourmet? "Só mesmo um publicitário." dizia ao Expresso Pedro Bidarra, também publicitário e cúmplice do trio.
Albano Homem de Melo, o homem que em seis anos passou de estagiário a director e presidente da agência Young & Rubican Portugal, e que um dia se fartou de não ter tempo para nada e abriu um restaurante porque gostava de cozinhar para os amigos, é o responsável pela comunicação e foi o grande impulsionador do arranque do h3. Confessa que o seu ponto de partida foi procurar um conceito out of the box, mas que lhes garantisse lucro. E, de facto, "inventar um fast food de hambúrgueres gourmet não era uma ideia nada óbvia". Isto passou-se há quatro anos e meio, antes de a palavra gourmet andar na boca de todos.
Hoje ainda se espantam e ficam "sinceramente comovidos" com a dimensão do fenómeno: 38 restaurantes em Portugal, mais um em Madrid e outro na Polónia. No mês passado inauguraram dois em São Paulo e prometem expandir do outro lado do Atlântico a fórmula h3 Brasil. O negócio, garantem, gere-se sem desperdícios e tem "boas margens de lucro". Em 2011 facturou 25 milhões de euros. "Manter o entusiasmo num empreendimento que se baseia na repetição milimétrica da mesma receita é o grande desafio para todos os que trabalham na h3. Conduzimos um exército de 700 pessoas, que fazem hambúrgueres com batatas fritas e acham que estão a trabalhar no Google." Este espírito tem nome de código interno: "Tuga Machine", como lhe chamam.
(retirado do artigo "O Espírito «Tuga Machine»" publicado na edição de 28/01/2012 da REVISTA do jornal Expresso)