Editora: Companhia das Letras

Sinopse: Uma morte e um nascimento separados por poucos meses. Um desencontro que impediu Hugo Gonçalves de ser pai e filho ao mesmo tempo, mas que o levou a indagar a história da família e um património em que a virilidade era uma divisa.

Alternando o registo do diário com a escrita do romancista, o drama com o humor, este livro assumidamente biográfico explora a difícil relação de um filho, órfão de mãe, com o pai viúvo, desde a infância até à idade adulta, quando a morte os separa e o filho se torna, também ele, pai de um rapaz.

O que fazer com os modelos de masculinidade, herança de homens forjados na escassez, na dureza e na lealdade do sangue? Que género de paternidade escolher para si, agora que o escritor tem um filho pequeno? O que significa, hoje, ser homem e pai?

É a partir das dúvidas, num tempo de certezas polarizadas e trincheiras ideológicas, que viajamos pelas décadas e pelo mundo, da pequena aldeia raiana dos antepassados do autor até Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro do século XXI, seguindo o rasto da memória, do corpo, do sexo, do amor, da escrita e da paternidade.

Um texto comovente e inquietante, que vem enriquecer a odisseia pessoal do autor, iniciado com Filho da mãe, que tocou milhares de leitores.

Hugo Gonçalves nasceu em Sintra, em 1976. É autor de vários romances. Na Companhia das Letras, estão publicados Revolução (vencedor do Prémio Fernando Namora e semifinalista do Prémio Oceanos), Deus Pátria Família (semifinalista do prémio Oceanos), Filho da mãe (finalista dos prémios P.E.N. Clube e Fernando Namora), O coração dos homens e Enquanto Lisboa arde o Rio de Janeiro pega fogo. Guionista da série Rabo de Peixe (Netflix), foi correspondente de diversas publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e no Rio de Janeiro, cidade onde trabalhou como editor literário. Jornalista premiado e cronista, é um dos criadores do podcast Sem barbas na língua.

Começamos com os sabores de Angola e com a irreverência e talento para a gastronomia da Chef Marlene Cruz.

Esta semana, Paula Cardoso esteve na Associação de Moradores do PER 11, em Lisboa, para conversar com Mauro Wah, dirigente associativo.

Mergulhámos no universo criativo de Nathalia Marszam, artista brasileira de grafiti e pintura em tela.

Na rubrica Páginas Soltas, viajamos até ao Rio de Janeiro através do livro "Fim", de Fernanda Torres.

Do sotaque carioca para os sons de Kriolo Sounds, sessões de música intimista no Centro Cultural Cabo Verde, em Lisboa, que, numa das edições, receberam o cantor e compositor Calú Moreira.

Terminamos com a receita de um Pão de Queijo Mineiro, protagonista da nossa rubrica Gastronomia deste Rumos.

A Greenpeace chegou a Portugal, com a defesa dos oceanos na lista de prioridades. A organização internacional, que conta com mais de 50 anos de activismo ambiental em todo o Mundo, abriu uma delegação em Lisboa, num dos momentos críticos contra as alterações climáticas. Com o aumento do negacionismo climático, liderado por Donald Trump, a Greenpeace enfrenta uma séria acção em tribunal, nos EUA, que a pode levar à falência. Em Portugal, a organização centra a actividade em 3 objectivos ambientais essenciais. A RTP viajou com alguns activistas a bordo do navio mais emblemático da Greenpeace, o quebra-gelo Arctic Sunrise, onde o optimismo continua aos comandos.


Os mais recentes sismos em Lisboa e Espanha fizeram soar alarmes e aumentar a preocupação quanto à possibilidade de um tremor de terra mais destrutivo. É difícil para os investigadores fazer previsões na sismologia. SUBMERSE é um novo projecto europeu de investigação que pode ajudar nesta área. Através das vibrações dos cabos submarinos, os cientistas detectam sismos e tsunamis, registam a temperatura das correntes e a migração de animais de grande porte. Em Portugal, há quem se dedique ao mapeamento destas vibrações. Há 5 meses, a equipa do Instituto Universitário Dom Luís lançou várias estruturas junto à falha tectónica que deu origem aos maiores sismos no território nacional, e foram agora recolhê-las. A RTP acompanhou a missão a bordo do navio D. Carlos I, ao largo de Aljezur, e a equipa de investigadores que espera que, com os dados recolhidos, seja possível a detecção dos sismos em tempo real.