LETRAS LUSAS: "Depois de morrer aconteceram-me muitas coisas", de Ricardo Adolfo
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: Brito é imigrante ilegal numa cidade que não conhece e cuja língua não fala.
Um domingo à tarde, perde-se a caminho de casa com a mulher e o filho pequeno. E, como acredita que para tomar uma decisão acertada tem de fazer o contrário daquilo que acha que está correcto, o regresso a casa torna-se uma aventura sem fim à vista. Depois de uma noite na rua, Brito percebe que se não pedir ajuda pode ficar perdido para sempre, mas se o fizer poderá arruinar o sonho de uma vida nova.
Com uma acção que decorre em pouco mais de vinte e quatro horas, Depois de Morrer Aconteceram-me Muitas Coisas explora o que é viver imigrado dentro de si mesmo - mais difícil do que qualquer exílio.
Nova edição do segundo romance de Ricardo Adolfo, aclamado como uma das vozes mais originais da literatura portuguesa do novo século, uma história tão provocadora quanto terna das ilusões e desenganos dos que são atirados para a margem.
Ricardo Adolfo nasceu em Luanda, capital de Angola, em 1974. Viveu nos arredores de Lisboa, em Macau, em Amesterdão e em Londres. De momento, vive em Tóquio com a mulher da sua vida. Escreveu os livros infantis Os monstrinhos da roupa suja e Minimini, o livro de contos Os chouriços são todos para assar e os romances Depois de morrer aconteceram-me muitas coisas, Maria dos Canos Serrados, Tóquio vive longe da terra e Mizé, antes galdéria do que normal remediada. Para o cinema e a televisão escreveu Sara, vencedora de Melhor Série nos Prémios Sophia e SPA 2019, e a longa-metragem São Jorge, premiada no 73.º Festival de Cinema de Veneza. A sua obra está publicada de Portugal ao Japão.