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alma-lusa

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27
Fev25

LETRAS LUSAS: "Lampedusa - Ir e Não Chegar", de Ana França

imagem

 

Editora: Tinta-da-China

 

Sinopse: Naquela noite sem lua, um barco com cerca de 500 pessoas zarpou da Líbia pelo Mediterrâneo rumo a um qualquer porto na Europa. Naquela noite sem lua, apareceram, ainda assim, outras luzes, de barcos de pesca e navios de resgate das autoridades italianas. Nenhuma se aproximou o suficiente para reparar que aquela traineira velha parada estava a afundar.

A bordo, entre as tentativas de pedir ajuda, o pânico fez a traineira virar. Naquela noite que até parecia tranquila, ao largo de Lampedusa, um grupo de amigos despedia-se do Verão numa pequena embarcação quando começou a ouvir um som agudo e lamurioso como gritos de gaivotas. Mas não eram gaivotas.

Este livro conta a história da sucessão de eventos que levou ao naufrágio de 3 de Outubro de 2013 no Mediterrâneo, resultando em 366 mortes, o mais trágico na história da ilha siciliana que é o território europeu onde chegaram mais migrantes nos últimos 30 anos. Seguimos os passos de Solomon, um dos sobreviventes, e de Adal, que perdeu o irmão nesse dia, ao mesmo tempo que olhamos deste acidente para demasiados outros e deste recanto de Itália para toda a Europa.

«Começam a acordar-se uns aos outros e estoira a felicidade a bordo. Voam camisas e sapatos no ar, voam bonés e garrafas de água, as pessoas abraçam-se e gritam e suspiram e limpam as lágrimas para verem melhor o contorno de luz que o farol, com a sua intermitência previsível, vai derramando sobre a salvação tão próxima. Aparece um barco que lança uma luz forte lá de longe. Depois desaparece. Aparece outro, dá a volta à traineira e também desaparece. Sem motor para poder fazer frente à corrente, o barco começa a afastar-se da costa.

 

A montanha de terra que estava perfeitamente desenhada à sua frente, contornos discerníveis, limites precisos, começa a diminuir de tamanho no horizonte. Solomon não entra em pânico, alguém os viu, alguém virá. Mas um burburinho aflito levanta- se das vozes dos passageiros como o vento levanta as folhas secas antes de uma tempestade.»"

 

ana frança.jpg

 

Ana França nasceu em Aveiro e lá viveu até aos 18 anos, quando se mudou para Coimbra, para completar uma licenciatura em Jornalismo. O estágio foi feito em Macau, no jornal Tribuna de Macau. Em 2011, emigrou para Londres, onde concluiu uma pós graduação na London School of Journalism. Durante meia década de vida na capital britânica, trabalhou como correspondente do Expresso, acompanhando os loucos anos do pré-Brexit, foi tradutora e professora de inglês para estrangeiros e colaborou com a Monocle 24 (rádio da revista Monocle), com o diário The Telegraph e com a revista New Statesman. Nesse mesmo período, trabalhou em diversos restaurantes, especializando-se na venda de vinhos, e colaborou com a On Our Radar, uma organização não-governamental que visa ensinar os princípios básicos do jornalismo a comunidades isoladas ou fragilizadas para que elas próprias possam contar as suas histórias e vendê-las aos grandes meios de comunicação. Em 2016, regressou a Portugal, onde teve de vender vinho por mais uns meses até ingressar na redacção do Observador. No início de 2018 voltou ao Expresso, à secção Internacional, onde acompanha principalmente os temas de migrações, conflito, populismo, Brexit e também Médio Oriente. Em 2022, foi a enviada do Expresso à guerra na Ucrânia, onde esteve um mês em reportagem. Esse mês deu origem ao livro Ali Está o Taras Shevchenko com Um Tiro na Cabeça: Diário da Ucrânia.

27
Fev25

CINEMAX CURTAS - O Homem do Lixo/ Um Caroço de Abacate (RTP2 - 00h05)

Nenhuma descrição de foto disponível.
 
 
Na semana dos Óscares, o Cinemax Curtas exibe uma curta-metragem de Laura Gonçalves que integrou a shortlist dos Óscares em 2023.
 
 
Numa tarde quente de Agosto, a família junta-se à mesa. As memórias de cada um vão-se cruzando para recordar a história do tio Botão. Da ditadura à emigração para França, onde trabalhou como homem do lixo, e quando voltava a Belmonte na carrinha cheia de "lixo" que transformava num verdadeiro tesouro.
 
 

 
 
 
Na semana dos Óscares, o Cinemax Curtas exibe uma curta-metragem de Ary Zara que integrou a shortlist dos Óscares em 2024.
 
 
Larissa, uma mulher trans, e Cláudio, um homem cis, encontram-se numa noite em Lisboa. São duas pessoas com realidades díspares que, até ao amanhecer, fazem a sua troca de mundos numa dança cativante que os desafia. Uma história de empoderamento, livre de violência para nos despertar dias melhores.
 
 

 
 
27
Fev25

DOC TV: Luiza de Jesus (RTP2 - 23h10)

Luiza de Jesus

 

Autoria: Ricardo Clara Couto e Fátima Morais

Realização: Ricardo Clara Couto 

Produção: Clara Amarela Filmes 

 

Com: Maria do Céu Guerra, Anabela Natário, Aurélie Delahaye, Maria Antónia Lopes, Maria Henrique, Maria Seoane Dovigo, Rute Serra, Tânia Konvalina Simas

 

Sinopse: A macabra história da maior serial killer portuguesa.

 

Documentário sobre a vida e a morte de Luiza de Jesus (1748-1772), a única serial killer portuguesa conhecida, que, em finais do século XVIII, matou e esquartejou 34 bebés, abandonados na roda dos expostos de Coimbra. Sentenciada a uma morte atroz, Luiza entrou também para a História por ter sido a última mulher executada em Portugal.


Mais de dois séculos depois dos macabros achados que levaram à descoberta dos crimes, o documentário traça o perfil da mais terrível infanticida portuguesa de todos os tempos, a partir do contexto histórico, de alguns detalhes de uma vida obscura e dos pormenores conhecidos da investigação.


Narrado pela aclamada actriz Maria do Céu Guerra, o filme documental de Ricardo Clara Couto conta com o contributo das historiadoras Maria Antónia Lopes, Maria Seoane Dovigo e Aurélie Delahaye, da criminologista Tânia Konvalina-Simas, da jornalista de investigação Anabela Natário, da jurista e escritora Rute de Carvalho Serra e da actriz Maria Henrique, num painel de especialistas exclusivamente feminino, inédito num tema criminal.

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