"Ser Peculiar não se trata de querermos ser diferentes, isso é apenas uma consequência. Trata-se de querermos ser quem somos: isentos, independentes e livres." Palavras do próprio, que vai buscar a inspiração ao tradicionalismo musical português e a outros elementos importantes que marcaram o seu crescimento, como as noites passadas com a avó a ouvir Carlos Paredes e Madredeus, enquanto comia bolachas Maria com chá; ou as cantigas do Zeca Afonso que o avô e a mãe lhe cantavam.
Peculiar, nome artístico de João Nicolau Quintela, natural de Faro, navega, assim, do tradicional ao urbano, e procura misturar estas influências na sua música, juntamente com referências como Rosalia, Ralphie Choo e Judeline.
O trio de guitarras Alvorada, composto por António José Moreira (Guitarra de Coimbra), Ricardo Dias (Guitarra de Coimbra) e Pedro Lopes (Viola), por ocasião da celebração do centenário de Carlos Paredes prestam uma homenagem em jeito de "Regresso". Um regresso a Coimbra que Carlos Paredes encetou no final da sua vida voltando às geografias da sua infância e à sua família na cidade de Coimbra que tanto o marcou e inspirou.
Elenco: Matilde Reymão, Pedro Sousa, Alexandra Lencastre, Maria do Céu Guerra, Diogo Morgado, Paulo Pires, Fernanda Serrano, Paula Neves, Marina Mota, Sandra Faleiro, Joaquim Horta, Sara Barradas, Sílvia Filipe, Duarte Gomes, Tiago Teotónio Pereira, Inês Herédia, Catarina Rebelo, Daniel Viana, Christian Escuredo (Espanha), Noua Wong, Mário Oliveira, Catarina Nifo, João Bettencourt, Dinis Lima, Aline Neves
Elenco Adicional: Sandra Celas, Matilde Breyner, Marina Albuquerque, Gonçalo Braga, Diva O'Branco, Carla Gil, Bárbara Lourenço, Miguel Ribeiro, João Pedro Dantas, Luciano Gomes, Jorge Albuquerque, Sara Inês, Rodrigo Fortuna, Andreia Santos, Catarina Marques Lima, Ricardo Raposo, Ana Lamas, Catarina Guerra, Marta Rebelo da Silva, Inês Nabais, Filipe Gaspar
Sinopse: No coração do interior alentejano, Mariana e José Diogo são duas crianças cujos contextos não podiam ser mais diferentes: ela é fruto de uma relação carinhosa; ele, órfão. Ela tem na família um porto seguro para onde correr quando se magoa; ele só pode correr para ela. Cruzam-se por um inevitável querer do destino: ele está constantemente a fugir do orfanato que faz fronteira com o palacete da avó dela. Por muito que as regras os tentem separar, as duas crianças orbitam uma em torno da outra com uma força que ninguém consegue explicar ou parar. Complementam-se. José Diogo nunca conheceu um amor como aquele, tão incondicional. Mariana fá-lo rir, é carinhosa com ele, parecem falar uma língua só deles e, muitas vezes, têm a certeza de conseguir adivinhar os pensamentos do outro. Seja qual for a matéria de que são feitas as almas, as de Mariana e José Diogo são a mesma.
Os dias que passam juntos voam, as horas separados arrastam-se. Os dois correm pelos campos de oliveiras de Vale do Rio, assustam-se no Forte da Graça, em Elvas, e imaginam o passado no Castelo. A terra que se dá a quem a ama é palco de um amor infantil, secreto e que marcará a vida de ambos para sempre. Benedita, a avó e matriarca da família de Mariana, é a primeira a perceber a conexão entre os dois. Envolve-os em carinho e em comida. À volta de Mariana e José Diogo, há um constante cheiro a amor e receitas que têm como único objectivo colorir os dias das crianças, que se entorpecem num afecto com sabor à tradição alentejana.
Esta história é um retrato íntimo de duas almas unidas desde a infância, Mariana e José Diogo, mas separadas pelo tempo. Criada com amor pela avó e pela mãe depois da morte do pai, Mariana encontra no órfão José Diogo um amigo improvável, um elo silencioso que Benedita, a sábia avó, procura fortalecer ao adoptá-lo. No entanto, um erro cruel desfaz esse laço e leva o rapaz de volta para o orfanato, deixando-lhe feridas que o tempo não apaga.
Mariana (Matilde Reymão) torna-se uma jovem mulher determinada e a ligação que tem com a mãe e a avó estreita-se ainda mais depois da morte do pai. Ela, a mãe Laura (Alexandra Lencastre) e a avó Benedita (Maria do Céu Guerra) são uma tríade fortíssima durante anos, até ao momento em que Laura assume o namoro com Jorge (Paulo Pires), trabalhador da fábrica desde sempre. Mariana não gosta de Jorge, acha-o um oportunista e isso causa atritos com Laura. Ela é obrigada a ver como a mãe desaparece sob os intentos de Jorge. O seu coração fechou-se ao amor quando José Diogo desapareceu, mas é com o relacionamento que vê a mãe viver que jura nunca amar um homem daquela forma. Para evitar os conflitos constantes com o padrasto, decide ir estudar cozinha para França.
Longe do conforto que sempre conheceu, transforma-se numa cozinheira talentosa, ambiciosa e perspicaz, mas, acima de tudo, capaz de pôr em tudo o que prepara a quantidade certa de amor. Por detrás de cada prato, cada prova e cada cozinha por onde passa, escondem-se as memórias do passado: as tardes na cozinha com José Diogo e Benedita.
Dez anos depois, quando volta a casa, pensando que para um período de paz, é confrontada com um antagonista mais poderoso do que antes: o padrasto consegue intrometer-se entre mãe e filha, fazendo com que Mariana se afaste permanentemente. A quebra aparentemente definitiva entre elas causa um desequilíbrio de forças na tríade das mulheres Vilalobos, e, embora Laura não perceba a dimensão do conflito de Mariana, nunca desiste de a tentar encontrar.
Mariana refugia-se nos tesouros do Douro, onde acaba por abrir um restaurante onde só emprega mulheres vítimas de relacionamentos abusivos. Quer dar-lhes o abrigo que a mãe nunca aceitou. Vê nas mulheres o motor do mundo. São elas que fazem o mundo girar, que criam e educam, que alimentam, amam e dão colo. A própria força e resiliência da avó e da mãe deixaram-lhe uma marca tão profunda que Mariana orienta toda a sua existência por um equilíbrio quase perfeito de bondade, candura e justiça. A luz que emana é tão forte que atrai o mais cínico dos Homens.
Quando Mariana se vê obrigada a voltar à terra que a viu nascer, acha ela que munida de mundo para não deixar que as memórias a controlem, o destino troca-lhe as voltas: cruza-se novamente com José Diogo (Pedro Sousa). Os sentimentos do passado atingem-nos ainda com mais força. É impossível perceber onde começa um e termina o outro. O querer da vida toda e para a vida toda é tão avassalador que os anos separados se desfazem sob o olhar um do outro. Nunca pararam de pertencer um ao outro. Por muito que resistam ou tentem racionalizar o que sentem, parecem não ter força para contrariar o óbvio: se há no universo um objetivo, é juntá-los. O amor deles vai não só mudar-lhes a vida, como orientar a existência de todos os que os rodeiam.
A vida deles muda, mas a essência permanece a mesma e, quando Mariana ficar em perigo, José Diogo torna-se o protector da sua protegida. Observa cada movimento, cada sorriso, cada respiração e está disposto a tudo para a manter viva, nem que para isso tenha de se colocar em risco, porque a verdade é que o coração dele lhe bate fora do peito. Como se o destino tecesse os seus fios invisíveis, José Diogo torna-se o seu guarda-costas, disposto a enfrentar qualquer perigo para a proteger, mesmo quando a sua namorada, Mónica (Catarina Nifo), os tentar separar.
Entre vinhedos, paisagens floridas e a chama da infância que perdura em cada um de nós, "A Protegida" promete ser um diário de memórias terno e real que acompanha a vida de personagens que podem se cruzar connosco todos os dias.
De 2ª a 6ª, na TVI.
Patrícia Müller nasceu em Lisboa, em 1978. Estudou Comunicação Social na Universidade Nova de Lisboa e começou a vida profissional como jornalista da revista Elle. Colaborou com outros periódicos e estreou-se na televisão em 2000. Inaugurou a sua carreira de argumentista em 2002 e, desde então, tem escrito filmes, séries, telefilmes, telenovelas. Em 2014, lançou Madre Paula, romance histórico baseado na relação entre D. João V e uma freira de Odivelas que deu origem à série com o mesmo nome, exibida na RTP1. Uma Senhora Nunca, livro lançado em 2016, é uma obra de ficção cuja história é inspirada na bisavó da autora. Em 2022, lançou o livro A Rainha e a Bastarda, que deu origem à série com o mesmo nome, já exibida na RTP1. Além da novela A Protegida, que estreia hoje, Patrícia Müller é também autora do argumento da série O Arquiteto, que já se encontra em gravações e irá ser exibida na TVI.
Argumentos Televisão:
A Protegida (novela, TVI; 2025)
O Anel (telefilme, RTP1; 2024)
A Filha (série, TVI; 2024)
Motel Valkirias (série, RTP1; 2023)
O Pai Tirano (série, Opto; 2022/SIC; 2023)
Vanda (série, Opto; 2022)
A Rainha e a Bastarda (série, RTP1; 2022)
O Sítio da Mulher Morta (telefilme, RTP1; 2021)
Miss Beijo (telefilme, RTP1; 2021)
As Cinzas da Mãe (telefilme, RTP1; 2021)
A Generala (série, Opto; 2020/SIC; 2022)
Luz Vermelha (série, RTP1; 2019)
Circo Paraíso (série, RTP1; 2018)
Madre Paula (série, RTP1; 2017)
Poderosas (telenovela, SIC; 2015)
Rosa Fogo (telenovela, SIC; 2011)
Mar de Paixão (telenovela, SIC; 2010/11)
Deixa que te leve (telenovela, TVI; 2009/10)
Ele é Ela (série, TVI; 2009)
Morangos com Açúcar V - Férias de Verão: 1 episódio (série, TVI; 2008)
Morangos com Açúcar V: 3 episódios (série, TVI; 2008)