Realização: Catarina Mourão

Direcção Fotografia: Paulo Menezes 

Produção: Terratreme Filmes, Laranja Azul 

Com: Martim Santa Rita, Masari, Mateus M. Santa Rita 

Sinopse: Martim recorda hoje, aos 58 anos, a estadia de um ano e meio na União Soviética, em 1979. Tinha 15 anos e era um miúdo "inocente". Os pais, militantes do Partido Comunista, achavam que ele ia para um sítio seguro, uma sociedade que cumpria com todos os seus ideais. Martim viajou para Moscovo, atravessou de comboio o delta do Volga até Astrakan numa viagem iniciática. Apaixonou-se várias vezes, largou os estudos, tornou-se clandestino. O ideal comunista incutido pelos pais, foi-o perdendo pelo caminho. Quarenta anos depois, Martim decide, neste filme, contar pela primeira vez esta história ao seu filho, uma história que foi sempre um tabu de família.

As sessões em estreia comercial são antecedidas da curta-metragem "O Mar Enrola na Areia", também de Catarina Mourão. "Catitinha" era um personagem que vagueava as praias portuguesas durante o Estado Novo, vivendo da caridade das pessoas. De barbas brancas e fato preto, atraía crianças com o seu assobio ao pescoço e contava-lhes histórias. A partir de 4 segundos de película do "Catitinha", que encontrou num filme de família, Catarina Mourão quis construir um retrato ficcional deste personagem misterioso e, através dele, explorar o papel da praia na descoberta do amor, do afecto e da sexualidade no contexto de Portugal dos anos de 1950.

  

Catarina Mourão nasceu em Lisboa, em 1969. Licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa e fez o Mestrado em Cinema e Televisão na Universidade de Bristol, Inglaterra. Em 1995, obtém um prémio de montagem no âmbito do Festival BAFTA, das escolas de cinema do Reino Unido. Desde essa data tem colaborado em vários projectos de documentário ao nível da pesquisa e seu desenvolvimento, até à realização, produção e montagem. Como docente, leccionou as disciplinas de História do Documentário na Universidade Lusófona de Lisboa, Introdução à Linguagem Cinematográfica na Universidade de Aveiro, um módulo de Documentário na escola profissional ETIC e, juntamente com Margarida Medeiros, deu um workshop intitulado «Leituras do Corpo no Cinema e na Fotografia» no ISPA. Em Janeiro de 2000, cria a produtora de cinema Laranja Azul juntamente com a realizadora Catarina Alves Costa, no âmbito da qual produzem e realizam documentários. 

Filmografia: 

Astrakan 79 (doc., 2024)

Ana e Maurizio (doc., 2020)

O Mar enrola na Areia (curta-metragem doc., 2018)

A Toca do Lobo (doc., 2016)

Mãe e Filha (doc., 2009)

No caminho do meio (doc., 2009)

A minha aldeia já não mora aqui (doc., 2006)

À Flor da Pele (doc., 2006)

Malmequer, o diário de uma encomenda (doc., 2005)

Desassossego (doc., 2004)

A Dama de Chandor (doc., 1998)

Fora de Água (doc., 1997)

Esta quinta-feira, a plataforma de streaming Netflix estreia a terceira e última temporada da série canadiana-irlandesa "Vikings: Valhalla", temporada que tem no elenco os actores portugueses Sónia Balacó e Lucas Dutra.

"Vikings: Valhalla" é uma série derivada de "Vikings", uma produção original do History Channel, exibida entre 2013 e 2020. Nesta derivação da série, passaram cem anos e uma nova geração de heróis lendários surge para criar o seu próprio destino e fazer história. A série narra o início do fim da Era Viking, marcada pela Batalha de Stamford Bridge, em 1066.

Esta terceira temporada conta com talento luso. Sónia Balacó, de 38 anos, é actriz e poeta. Na ficção nacional, os seus trabalhos mais recentes foram a série "Contado por Mulheres" (RTP1) e os filmes "A Semente do Mal" e "Amo-te Imenso".

Lucas Dutra tem 24 anos e é actor e realizador. Actualmente, podemos vê-lo na novela "Cacau" (TVI) e, recentemente, foi um dos protagonistas do filme "Revolução (sem) Sangue", que estreou nos cinemas em Abril. 

Sónia Balacó

Lucas Dutra

Acompanhe a transmissão do Festival NOS Alive, de 11 a 13 de Julho, na RTP.