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alma-lusa

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10
Jul24

LETRAS LUSAS: "Catarina e a Beleza de Matar Fascistas", de Tiago Rodrigues

 

Editora: Tinta-da-China

 

Sinopse: Esta família mata fascistas. É uma tradição antiga que cada membro do núcleo familiar sempre seguiu. Hoje, reúnem-se novamente numa casa no campo, no Sul de Portugal. Uma das jovens da família, Catarina, vai matar o seu primeiro fascista, raptado de propósito para o efeito. No entanto, Catarina é incapaz de concretizar o homicídio ou recusa-se a fazê-lo. Estala assim o conflito, acompanhado de várias questões. O que é um fascista? Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor? Podemos violar as regras da democracia para melhor a defender?

O espectáculo criado a partir deste texto, com encenação também de Tiago Rodrigues, foi apresentado com grande sucesso de crítica e público em várias salas portuguesas e em vários países, merecendo o Prémio de Melhor Espectáculo Estrangeiro em França e Itália.

 

«E como é que começou tudo? Com a opiniãozinha. Explorando o medo e o preconceito. Mentindo. Manipulando. Criando a infra-estrutura da impunidade. Os alicerces do edifício fascista. Agora vale tudo. Porquê? Porque nós permitimos que eles continuassem a falar, a falar, a falar. Que nojo. Há anos a ouvi-los. Cada vez mais opiniões.

Cada vez mais vozes fascistas. E nós a ouvi-los. Uma náusea. Uma impotência. Uma vontade de matar. E queres tu que eu o deixe falar? Para fazer um dos seus discursos? As palavras são poderosas, Catarina. Devias saber isso. Os discursos que ele escreveu, agora são leis. Amanhã serão artigos da Constituição. E onde é que começou? Na opiniãozinha. A maldita opiniãozinha que ninguém teve a coragem de matar à nascença.»

 

tiago rodrigues.jpeg

 

Tiago Rodrigues nasceu na Amadora, em 1977. É actor, encenador, dramaturgo e produtor. Em 2003, fundou a companhia Mundo Perfeito com Magda Bizarro, através da qual criou e apresentou, ao longo de 11 anos, cerca de 30 espectáculos em mais de 20 países. Foi também professor de teatro em várias escolas. Paralelamente ao seu trabalho em teatro, escreveu argumentos para filmes e séries televisivas, artigos, poesia e ensaios. Alguns dos seus espetáculos mais reconhecidos são By Heart (2013), António e Cleópatra (2014), Bovary (2014) ou Sopro (2017), e as suas peças mais recentes são Catarina e a Beleza de Matar Fascistas (2020), Coro de Amantes (2021) ou Dans la mesure de l’impossible (2022). Já recebeu várias distinções nacionais e internacionais, destacando-se o XV Prémio Europa Realidades Teatrais (2018), o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras atribuído pelo Governo Francês (2019), o Prémio Pessoa (2019) e a Medalha de Mérito Cultural do Governo Português (2021). Foi director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, entre 2015 e 2021. Actualmente, é director do Festival d’Avignon, sendo o primeiro não-francês a assumir a função naquela que é uma das mais importantes manifestações de teatro em todo o mundo.

 

10
Jul24

GRANDE ENTREVISTA - Sebastião Bugalho (RTP3 - 23h05)

Sebastião Bugalho já fala à candidato: “Nós escolhemos ganhar porque a  Europa ganha connosco” - Expresso

 

Foi a surpresa da corrida às Eleições Europeias 2024. De um dia para o outro, Sebastião Bugalho deixou os estúdios da televisão e o comentário para entrar na política. O cabeça-de-lista da Aliança Democrática, com 28 anos, prepara-se agora para uma nova etapa da sua vida: o dia-a dia-do Parlamento Europeu.


Sebastião Bugalho na Grande Entrevista com Vítor Gonçalves.

10
Jul24

CINE TV: 2 Duros de Roer (RTP1 - 22h30)

2 Duros de Roer

 

Ano: 2022

Realização: Victor Santos

Argumento: André Mateus (baseado numa história de Hugo Diogo, André Mateus, Fernando Rocha e João Seabra)

Fotografia: Andreia Saraiva

Música: Joaquín Apesteguia (Argentina)

Produção: Lanterna de Pedra Filmes (Hugo Diogo)

 

Elenco: Fernando Rocha, João Seabra, Mafalda Luís de Castro, Melânia Gomes, Susana Cacela, Jorge Mourato, Aldo Lima, Francisco Menezes, Alexandre Santos, Joaquim Guerreiro, Heitor Lourenço, João Craveiro, Sandra B, Sílvio Nascimento (Angola), Paula Luiz, Raquel Henriques, Luís Oliveira, Óscar Branco, João Alves, Carlos Areia, Beatriz Leonardo, Catarina Rocha, Beatriz Teixeira

 

Sinopse: Manuel Venâncio (João Seabra), um típico polícia do Porto, pede transferência para a capital e vê-se emparelhado com José Sobreiro (Fernando Rocha), um polícia de Lisboa folião, mais adepto de se dar com os bandidos do que prendê-los.

 

Acompanhados por uma misteriosa estudante estrangeira, de nome Murphy (Mafalda Luís de Castro), a filmar os acontecimentos para a sua tese de mestrado, os três irão viver um dia louco, conhecer as personagens mais caricatas e desmascarar uma operação de tráfico de droga com consequências desastrosas não só para a cidade, mas para todo o mundo!

 

 

10
Jul24

MAR DE LETRAS - Maria do Carmo Piçarra (RTP África - 21h35)

Maria do Carmo Piçarra

 

Pretendia mostrar quem eram e como viviam os habitantes de Lourenço Marques, hoje Maputo, e acabou por ser proibido após ser sujeito ao maior número de cortes na história do cinema português. "Catembe - esse obscuro desejo de cinema" é um livro que conta a história da amputação do filme "Catembe" (1965), de Manuel Faria de Almeida, e a mentalidade censória da ditadura. Maria do Carmo Piçarra, sua autora, é a convidada Mar de Letras desta semana.

 

Catembe Esse Obscuro Desejo de Cinema - 1

10
Jul24

OUTRAS HISTÓRIAS - Jovem Não Entra/ Grafe, Centro de Noite (RTP1 - 21h00)

Outras Histórias

 

Depois de abandonar uma vida de trabalho, o próximo desafio é não ter a solidão como principal companhia. Preencher o dia-a-dia, com novas experiências às quais só se podia dedicar pouco ou nenhum tempo, é a solução. Por exemplo, fazer desporto. Contudo, nem sempre se encontra o lugar certo. Descobrimos um ginásio, em Lisboa, com transportes à porta, que só abre a porta a maiores de 50 anos. Mas, não há só soluções de âmbito privado, a Câmara Municipal de Oeiras tem uma longa trajectória neste tipo de ofertas. Ora veja!



Como todos sabemos, há mais ofertas para a população portuguesa no litoral, o mesmo acontece para quem já se reformou. Já no interior, os mais idosos viram os familiares migrar para o estrangeiro ou para os grandes centros urbanos. À solidão junta-se o receio das noites prolongadas, mesmo para quem ainda pode viver na própria casa e fazer as tarefas domésticas. E, para isso, foram criados os centros de noite, há mais de duas décadas. Contudo, a norte do Tejo são escassos. Nós fomos visitar o primeiro, inaugurado em Garfe, concelho da Póvoa de Lanhoso, no distrito de Guimarães.

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