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Editora: Contraponto
Sinopse: Quem foi o homem antes da lenda? Que circunstâncias da sua vida levaram a que se tornasse um mito?
Antes de ser convertido em símbolo da nacionalidade, ou em paradigma do poeta genial, Luís Vaz de Camões foi quase tudo quanto um homem podia ser no tempo em que viveu. Um estudioso e um humanista. Um sedutor que perseguiu amores proibidos. Um cortesão e um boémio, movimentando-se entre as casas dos grandes senhores e as ruelas da cidade. Um desordeiro, frequentemente envolvido em arruaças, que se viu atirado para a prisão. Um soldado que combateu no Norte de África, de onde saiu mutilado, perdendo um olho, e depois na Ásia, onde passou dezassete anos, naufragou e escapou à morte. Um viajante deslumbrado com os mundos que as viagens marítimas revelaram ao Ocidente. Um escritor que renovou a Língua Portuguesa, publicando uma obra excepcional e perdendo outra de igual valor.
Nascido no apogeu do Império, testemunhando-lhe os primeiros sinais de decadência e as consequências do desaparecimento de D. Sebastião, a quem dedicou o seu poema épico, morto no dealbar da dominação espanhola, Camões celebrou e contestou os feitos do peito ilustre lusitano e pôs em verso as contradições de uma vida pelo mundo em pedaços repartida. Morreu doente, pobre e desalentado.
Coligindo e relacionando centenas de contributos, compulsando as fontes conhecidas, mas apresentando também dados novos, confrontando as lições adquiridas sobre a vida do autor de Os Lusíadas, Isabel Rio Novo reconstitui a época para reerguer o indivíduo, revelar aspectos escondidos durante séculos e assim restituir a história de uma personalidade extraordinária.
500 anos depois do nascimento de Luís Vaz de Camões, Fortuna, Caso, Tempo e Sorte é um avanço decisivo no conhecimento da biografia do homem e do poeta, em que o rigor da pesquisa se alia ao registo inconfundível de umas das grandes vozes da Literatura Portuguesa contemporânea.
Isabel Rio Novo nasceu no Porto, onde se doutorou em Literatura Comparada. Lecciona Escrita Criativa e outras disciplinas no âmbito da literatura, cinema e outras artes, sendo autora de diversas publicações académicas nessas áreas. Enquanto ficcionista, é autora da narrativa fantástica O Diabo Tranquilo (2004), a partir de poemas de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, da novela A Caridade (2005, Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes), do livro de contos Histórias com Santos (2014) e dos romances Rio do Esquecimento (2016, finalista do Prémio LeYa e semifinalista do Prémio Oceanos), A Febre das Almas Sensíveis (2018, finalista do Prémio LeYa) e Rua de Paris em Dia de Chuva (2020, finalista do Prémio Europeu de Literatura e do Prémio de Narrativa do PEN Clube). Em 2019, publicou O Poço e a Estrada, uma biografia de Agustina Bessa-Luís.
Em 2011, Dulce Maria Cardoso publicou um romance que se mantém uma das obras mais potentes sobre a experiência do que foi a fuga de centenas de milhares de pessoas das ex-colónias, pós 25 de Abril de 1974. No caso, a fuga de uma família portuguesa de Angola. 50 anos depois do que foi o maior êxodo de antigas colónias europeias, a escritora conduz-nos pelos lugares onde realmente viveu com a família quando, em 1975, chegaram a Lisboa sem dinheiro e sem ninguém à espera. Do antigo Hotel Paris, onde ficaram alojados, ao bairro onde viveram com centenas de outros retornados.
A investigadora Margarida Calafate Ribeiro, que há anos trabalha e publica sobre este episódio da História Contemporânea, acompanha Dulce Maria Cardoso nesta revisitação e enquadra o que aconteceu em Portugal com experiências congéneres noutros países europeus.
No ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, evocamos o poeta num espectáculo onde se celebra a palavra, o mar e Portugal. Cantores como Selma Uamusse, Tatanka, Vitorino, Irma, Katia Guerreiro, Fred Martins, Joana Amendoeira e Bárbara Barradas, a par dos actores Natália Luiza e Baltasar Marçal, navegam nas águas deste "Mar de Camões", no palco da Aula Magna, em Lisboa.
Para assinalar os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, a RTP1 preparou uma série de vinte separadores especiais que entram na emissão no dia 10 de Junho.
Dez actores portugueses interpram vinte icónicos sonetos do poeta. São eles Maria João Bastos, Virgílio Castelo, Maria do Céu Guerra, Miguel Guilherme, Ana Moreira, João Reis, Soraia Tavares, Elmano Sancho, Luísa Cruz e Nuno Lopes.
Esta é uma iniciativa que visa, neste ano de celebração, enriquecer o catálogo cultural da RTP, promovendo o legado de Camões de forma contemporânea e acessível a todos os públicos.
Os 20 separadores poderão ser vistos ao longo da emissão de dia 10 de Junho da RTP1, bem como no decorrer da semana.
Celebre o Dia de Portugal numa viagem cinematográfica inédita, com histórias que são nossas, histórias que nos definem.
O Trio em Mi Bemol (16h40)
Uma série de encontros entre dois ex-amantes que continuam a gostar muito um do outro.
Abandonados (18h50)
Uma história de coragem e de sacrifício sobrehumano, ocorrida em Timor, durante a II Guerra Mundial, com a invasão do Japão.
Soares é Fixe! (20h20)
16 de Fevereiro de 1986. Um país dividido vai às urnas para escolher o primeiro Presidente da República da jovem democracia portuguesa. Candidato ao cargo, Mário Soares pode ser o único capaz de garantir a estabilidade política e de unir o país.
"Portugal no Mundo" é um programa criado em 2019 que celebra a portugalidade, emitido a partir de qualquer parte do mundo que seja relevante para a diáspora portuguesa. Afirmou-se também, nos últimos anos, como a marca da RTP no 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Por isso, neste ano é emitido a partir de Figueiró dos Vinhos (epicentro das comemorações oficiais) com diversas reportagens na Suíça, país que o Presidente da República escolheu para celebrar em 2024 o papel insubstituível dos emigrantes portugueses e lusodescendentes espalhados pelo mundo.
Transmissão, em directo, das Cerimónias Solenes do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Este ano, as comemorações do Dia de Portugal vão realizar-se em Pedrógão Grande, concelho fustigado pelos incêndios de 2017 e, mais tarde, em Coimbra, numa sessão solene comemorativa dos 500 anos do nascimento do poeta Luís de Camões.
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