"ContraCantos" é o novo álbum do músico e compositor Miguel Calhaz, que constitui uma homenagem, por um lado ao 25 de Abril de 1974, no ano em que se comemoram os 50 anos da Revolução dos Cravos e, por outro, também uma homenagem a alguns dos nomes maiores que cantaram Abril. Recorrendo apenas ao contrabaixo e à voz, Miguel Calhaz revê e re-interpreta temas de Zeca Afonso, Fausto Bordalo Dias, José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira e Sérgio Godinho, percorrendo, nestes seus "ContraCantos", temas marcantes da música popular portuguesa, como sejam "Era um redondo vocábulo" ou "Maio Maduro Maio", de Zeca Afonso; "Eu vi este povo a lutar"ou "Mariazinha", de José Mário Branco; "Porque não me vês" ou "Por este rio acima", de Fausto Bordalo Dias; "Espalhem a notícia" ou "As horas extraordinárias", de Sérgio Godinho; e "Canção com lágrimas" ou "Erguem-se muros em volta", de Adriano Correia de Oliveira.

Miguel Calhaz, músico e compositor, cantor e contrabaixista, nascido em 1973, na Sertã, mantém projectos musicais nas áreas do Jazz, da World Music e da Música Portuguesa. Editou, em nome próprio, os CD "Estas Palavras", em 2012, "vozCONTRAbaixo", em 2017, e ''Contemporânea Tradição'', em 2023. Venceu o Prémio José Afonso (tema original) no 3º Festival Cantar Abril (2011), o Prémio Adriano Correia de Oliveira (melhor recriação) em 2013 e o Prémio Ary dos Santos (melhor letra) em 2013 e 2015. Miguel Calhaz é licenciado em Educação Musical e em Contrabaixo/Jazz. Mestre em Ensino da Música Jazz, é Professor do Curso Profissional de Jazz e da Orquestra Geração, no Conservatório de Música de Coimbra.

Começamos no feminino e em comunidade. O Rumos foi até ao Bairro dos Navegadores, em Porto Salvo, para uma tarde dedicada a celebrar o dia e a força das mulheres do bairro, onde não faltaram motivos para reflectir, sorrir e conviver.

Esta semana, o convidado de Paula Cardoso é o professor de Filosofia Joaquim Vaz, numa conversa que aconteceu na Biblioteca da Imprensa Nacional, em Lisboa.

Viajamos para a Literatura à boleia do livro "A Bagagem da Imigração", da escritora Patrícia Moreira, que foi lançado recentemente.

No nosso Vox Pop, regressamos ao Bairro dos Navegadores para ouvir sobre a importância do Dia Internacional das Mulheres.

No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, visitámos a exposição colectiva " Liberdade: Portugal, Lugar de Encontros", que reuniu os trabalhos de 28 artistas lusófonos na UCCLA, em Lisboa.

Terminamos com a rubrica Espaços, onde fomos para a rua explorar uma parte da Rota da Lisboa Africana, numa pequena visita guiada.

Aníbal Ferreira é um escultor autodidacta que utiliza as pedras dos locais onde vive para chegar à escultura. Nasceu na Beira Alta, mas há cerca de 20 anos que passa metade do ano em Hortinhas, no Alandroal, e a outra parte do ano em Carrara, Itália, locais onde se encontram famosas pedreiras que servem de matéria-prima para a sua arte. As suas obras são feitas com a técnica de talha directa sobre a pedra, essencialmente, mármore e granito. Tem peças representadas em diversas galerias de arte, colecções privadas e museus de arte contemporânea, em Portugal e no estrangeiro.

Nelson Ramos tem 51 anos e é entalhador. Nasceu no Algarve, mas está a viver na Ranginha, em Marvão. Desde muito cedo que sente um fascínio pela arte do entalhe. Transforma troncos de árvores já sem vida em autênticas obras de arte. São já centenas as peças esculpidas em madeira, com o processo de fabricação artesanal, onde também utiliza motosserras. Nelson Ramos prefere trabalhar com troncos de árvores que caíram naturalmente ou foram derrubados por tempestades ou alguma doença. E lembra ainda a importância de respeitar e honrar a vida das árvores, transformando os troncos esquecidos em obras com significado.