Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

alma-lusa

alma-lusa

23
Mar24

LETRAS LUSAS: "25 de Abril - No Princípio Era o Verbo", de Manuel S. Fonseca e Nuno Saraiva

 

Texto: Manuel S. Fonseca

Ilustrações: Nuno Saraiva

Editora: Guerra & Paz

 

Sinopse: Festa. Este livro festeja os 50 anos do dia que derrubou uma ditadura de 48 anos. O 25 de Abril, catarse e delírio, foi uma das mais impressionantes algazarras de liberdade, loucura, e inocente destrambelhamento colectivo que o modesto povo português já viveu.

A liberdade chegou como uma inundação: proliferaram partidos políticos; levantaram-se do chão incendiários educadores do povo; agitaram-se estandartes; colaram-se cartazes; pichagens pintaram paredes; ruas, largos e avenidas entupiram-se com torrentes de gente em loucas manifs.

De tudo isso este livro quer ser a mais despretensiosa - e divertida - testemunha. Primeiro, num preâmbulo mansinho, nocturno, visitamos e descrevemos, hora a hora, os incidentes e o suspense da noite de 24 de Abril, da madrugada e do dia 25 em que os militares de Abril derrubaram o Estado do estado a que isto chegara.

Depois, redescobrimos as palavras de ordem, o alucinado desatino das palavras que varreu Portugal, evocando cartazes, os gritos das manifestações, as paredes e muros pintados. Mais de duas dezenas de ilustrações de Nuno Saraiva recriam, neste 25 de Abril, no Princípio Era o Verbo, um Portugal de cabelos desvairadamente compridos, calças boca de sino, soutiens a serem queimados, um Portugal a pôr a ávida boca na orgia de novos costumes.

O 25 de Abril foi um dia polifónico em que da voz de cada português saiu uma palavra, fosse essa palavra exaltante, ridícula, hiperbólica, tímida, ou do mais sublime humor. Dessas palavras se construiu o Portugal que hoje somos. Dessas palavras é feito este livro.

 

 

Manuel S. Fonseca tinha cinco anos quando chegou a Angola, ao musseque Sambizanga, em Luanda, cidade em que viveu, com interregno de dois anos no Lobito, até final de 1976. Infância, adolescência e independência são a matéria do livro Crónica de África. Admirador impenitente das crónicas de Nelson Rodrigues e António Lobo Antunes, quis, nesta Crónica de África, tratar as suas cenas da vida real com o gosto narrativo que tanto o deslumbra no cinema. Cronista no Expresso e no Jornal de Negócios, com artigos publicados no JLSemanárioFaceMarie Claire, CM Granta, foi, antes, autor de Michelangelo Antonioni Francis Ford Coppola, biografias editadas pela Cinemateca. Co-autor, com João Bénard da Costa, do volume IV do Cinema Musical. Na Guerra & Paz, foi autor de A Revolução de Outubro – Cronologia, Utopia e CrimePequeno Dicionário Caluanda e o Pequeno Livro dos Grandes Insultos. Organizou e prefaciou várias antologias de Fernando Pessoa, em particular Que Salazar era o Salazar de Fernando Pessoa e a trilogia de livros ligados às grandes tragédias do século XX, Manifesto ComunistaMein Kampf Pequeno Livro Vermelho. Prefaciou ainda obras de Platão, Jonathan Swift, Rimbaud, Mark Twain, Claude Le Petit, Oscar Wilde e Pierre Félix- Louÿs.

 

_NUNO SARAIVA – PASSEVITE

 

Nuno Saraiva  nasceu em 1969, em Lisboa. Tem colaborações em toda a imprensa nacional editorial, à excepção do Diário da República e do Correio da Manhã. Autor de banda desenhada, é residente no jornal online @mensagemdelisboa. Cartunista político do Inimigo Público (jornal Expresso). Desenha as Festas de Lisboa e Marchas, desde 2014 até 2023. Professor nas escolas de arte Ar.Co e World Academy, coordena também o curso de Ilustração digital na Lisbon School of Design (LSD). Entusiasta da Pintura Mural (com U) com inúmeros trabalhos expostos pela cidade, tais como A História de Lisboa (Alfama), Fado (Mouraria), Mandela (Campo Grande) ou Pensão Amor (Cais do Sodré). Em duas palavras: Ilustra Lisboas. No dia 25 de Abril de 1974, tinha 4 anos e estava no melhor do pior dos sítios, a norte do Niassa, Moçambique, junto do pai, Capitão Miliciano da Companhia 1 do Batalhão de Caçadores 4811, no meio de uma guerra em que o pai não acreditava.

23
Mar24

CINE TV: Operação Outono (RTP2 - 22h55)

Operação Outono

 

Ano: 2012

Realização: Bruno de Almeida

Argumento: Bruno de Almeida, Frederico Delgado Rosa, John Frey (baseado no livro Humberto Delgado - Biografia do General Sem Medo, de Frederico Delgado Rosa)

 

Elenco: John Ventimiglia (EUA), Nuno Lopes, Marcello Urgeghe, Carlos Santos, Pedro Efe, Diogo Dória, Ana Padrão, Camané, Tiago Rodrigues, Júlio Cardoso, José Nascimento, Adriano Carvalho, Luís Lima Barreto, João d'Ávila, Carlos Paulo, Renata Batista (Brasil), Felipe Garcia Vélez (Espanha), Filipe Vargas, Carlos Paniágua, Cléia de Almeida, Carla Chambel

 

Sinopse: "Operação Outono" é um thriller político sobre a cilada que levou ao assassínio do General Humberto Delgado pela PIDE, em 13 de Fevereiro de 1965, em Los Almerines, perto da fronteira portuguesa. O filme baseia-se em factos verídicos revelados por Frederico Delgado Rosa, biógrafo e neto de Humberto Delgado, no seu livro Humberto Delgado - Biografia do General Sem Medo, que traz novas pistas sobre o assassínio de um homem que se tornou num dos ícones da luta pela liberdade contra a ditadura de Salazar. 

 

A acção decorre entre Portugal, Espanha, Argélia, Marrocos, França e Itália, no período entre 1964 e 1981, desde a preparação da cilada de Badajoz pela PIDE, com o nome de código "Operação Outono", até ao julgamento dos implicados no Tribunal de Santa Clara, já depois do 25 de Abril.

 

23
Mar24

DOC TV: Carlos Avilez - Ao Cair da Noite (RTP2 - 22h05)

 

Carlos Avilez: Ao Cair da Noite

 

Realização: Catarina Medeiros

Argumento: Lígia Gonçalves

Produção: Brighter Films 

 

Sinopse: Um olhar sob a forma de pensar o Teatro - e a vida - do encenador e professor Carlos Avilez (1935-2023). 

 

Desenrolando-se em espaços e situações, habitualmente vedadas ao público, este documentário foca-se em dois grandes momentos: a preparação da peça dos finalistas de 2022 da Escola Profissional de Teatro de Cascais, "Casimiro e Carolina", e a preparação da peça "A Noite dos Assassinos", de José Triana, cuja representação no TEC foi proibida pela ditadura do Estado Novo, oscilando assim entre passado e presente, memória e acção.

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub