Editora: Guerra&Paz

Sinopse: Publicada após a morte do autor, Sinais de Fogo é a obra mais conhecida de Jorge de Sena e um dos romances maiores do século XX português.

De Lisboa à Figueira da Foz, Jorge, estudante de boas famílias, relembra as histórias do seu vertiginoso Verão de 1936: seduziu a criada, frequentou bordéis, foi masturbado num eléctrico… Estes e muitos outros episódios, tratados com vivíssima emoção por Jorge de Sena, dão-nos também um retrato de Portugal nos anos 30, em pleno Estado Novo, a Guerra Civil a incendiar a vizinha Espanha.

Um romance em que se revela, com audácia, a irrupção da sexualidade, o choque da homossexualidade, a surpresa da libertinagem e, sobretudo, esse momento sublime que é a descoberta íntima, visceral e transformadora da poesia.

Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de Novembro de 1919, e morreu em Santa Bárbara, na Califórnia, EUA, a 4 de Junho de 1978. Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia do Porto, parte para o exílio no Brasil em 1959 e aí doutora-se em Letras e torna-se regente das cadeiras de Teoria da Literatura e de Literatura Portuguesa. Muda-se para os Estados Unidos da América em 1965, leccionando na Universidade de Wisconsin e, anos depois, na Universidade da Califórnia. Poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta e tradutor, é considerado um dos mais relevantes escritores de língua portuguesa do século XX, autor de títulos como Metamorfoses (1963), Os Grão-Capitães (1976), O Físico Prodigioso (1977) e Sinais de Fogo (1979), este último considerado a sua obra-prima.

Começamos o Rumos com o trabalho do artista brasileiro Bruno Perê, que ajuda a transformar infâncias com a construção de brinquedos de madeira. Ele esteve em Portugal e participou numa Oficina de Brinquedo na Academia Jorge Pina, em Lisboa.

Esta semana, Paula Cardoso convidou para a conversa a cantora e compositora Bárbara Wahnon, artista que esteve recentemente no Festival da Canção.

Fomos conhecer a Afro Barbas, uma marca inovadora especialmente criada para cuidar da estética masculina, um projecto que completa agora dois anos.

Na Ciberdica, damos um salto ao universo virtual para lhe apresentarmos uma plataforma da Academia Ubuntu, que nos mostra a força da educação para a liderança.

Estivemos na Roda de Capoeira Alto Astral, uma das mais antigas em Lisboa, para conhecer as suas origens, a filosofia desta forma de arte que conserva histórias, tradição e resistência numa combinação comum.

Terminamos com a rubrica Rostos e com as mãos da artesã brasileira Cássia Tavares que entrelaçam herança familiar com sofisticação e nos oferecem uma colecção única de peças de croché artesanais.

Durante 20 anos, José Barreto declamou poesia dentro de um táxi, enquanto conduzia os passageiros pelas ruas do Porto. Era conhecido pelo taxista poeta. Sabia poesia de cor, a sua e a de outros autores, e fazia questão de a partilhar com quem estivesse disposto a ouvi-lo. Desligava muitas vezes o taxímetro, tal era o prazer de partilhar a palavra. José Barreto morreu há três anos, vítima de um atropelamento. Deixou centenas de poemas, que a filha encontrou em papéis dispersos, após a sua morte. Sofia Barreto fez o que o pai não conseguiu: imortalizou o taxista poeta num livro.

Paulo Ferreira é como se tivesse nascido na livraria do pai. E, com tal berço, as recordações de infância marcaram-lhe o destino: seguir os ensinamentos paternos, sempre a olhar para o futuro e a conciliar o passado com o futuro. Criou o próprio negócio, há trinta anos. É livreiro e alfarrabista e muito mais. Vende e comercializa livros, mas acima de tudo quer preservar e restaurar património. Portanto, a In Libris - Os Livros, é uma livraria - com quase 50 mil exemplares - mas, também, uma oficina de restauro e conservação de livros muito antigos (alguns primeiras edições dos séc. XVI e XVII) e outros objectos encontrados no lixo ou pertença de particulares. Além disso, ainda faz formações - workshops - para quem queira saber encadernar e preservar livros.