LETRAS LUSAS: "O Banqueiro do Rei, do Diabo e das Rainhas", de Filipe S. Fernandes
Editora: Casa das Letras
Sinopse: Duarte da Silva (1596-1688), cristão-novo, colocou a sua fortuna ao serviço da Restauração de Portugal. Preso pela Inquisição durante cinco anos, foi responsável pelo dote do casamento de D. Catarina de Bragança com Carlos II, que o levou à prisão durante um ano por ter falhado pagamentos. Depois de tentar o regresso a Portugal, morreu como judeu em Antuérpia. Poderia ser o resumo da sua vida num tweet.
Duarte da Silva era, no reinado de D. João IV, «o homem de negócio mais importante do império, ao ponto de ser conhecido como o banqueiro do Rei».
Esta figura, de que não conhecemos rosto, movia-se de forma discreta pelo mundo e pelos negócios e esteve sempre presente nos momentos em que o reino, que buscava regressar à sua independência, necessitou da sua ajuda financeira, mesmo quando se encontrava preso numa das celas no Palácio dos Estaus, sede do Tribunal da Santa Inquisição, em Lisboa, em cujos baixos, as salas de tormentos, foi torturado.
A sua detenção e prisão, durante cinco anos, tornou-se um dos episódios mais debatidos do reinado de D. João IV, tanto na época como na historiografia portuguesa.
Filipe S. Fernandes, jornalista, é autor de livros como As Exportações em Portugal, Isabel dos Santos – Segredos e Poder do Dinheiro, As Vítimas do Furacão Espírito Santo, Alexandre Soares dos Santos, Livro de Estilo do Diário Económico, Fortunas & Negócios - Empresários do Século XX, Organizem-se! A Gestão Segundo Pessoa, Homem Sonae, 20 Anos do Diário Económico, À Minha Maneira – Como Salazar Resolveu o Grande Escândalo Financeiro do Estado Novo. Escreveu, em co-autoria com Hermínio Santos, Excomungados de Abril; com Luís Villalobos, Negócios Vigiados; e com Isabel Canha, António Champalimaud: Construtor de Impérios. Coordenou a edição de Memórias de Economista.