BD LUSA: "A Passagem Impossível", de José Ruy
Editora: Ala dos Livros
Sinopse: OU o relato da extraordinária viagem do navegador português David Melgueiro que, no século XVII, a comando de uma embarcação holandesa e tal como testemunhou o Seigneur de la Madelène ao Conde de Pontchartrain, rumou a Norte e realizou a travessia pela Passagem do Nordeste.
No século XVII, no auge do comércio de sedas e de especiarias, grandes embarcações, das mais variadas nacionalidades e bandeiras, franqueiam o Índico e o Atlântico. Estes oceanos, infestados de piratas, tornam cada vez mais insegura a travessia pelo Sul, pelo Cabo da Boa Esperança.
Março de 1660. Uma embarcação de nome Padre Eterno, comandada pelo capitão português David Melgueiro, zarpa de Tanegashima, no Japão, e ruma a Norte. Evitando a rota do Sul e efectuando a passagem do Oceano Pacífico pelo estreito de Anian, a Padre Eterno embrenha-se no Ártico, chegando ao seu destino cerca de dois anos depois. É este grande feito que serve de mote à derradeira obra que o Mestre José Ruy nos legou.
José Ruy nasceu na Amadora, em 1930. Cursou Artes Gráficas e habilitação a Belas Artes na Escola António Arroio, onde foi discípulo do Mestre Rodrigues Alves e dos pintores Costa Mota, Trindade Chagas e Júlio Santos. Iniciou-se como autor de textos e desenhos com 14 anos, tendo publicados 85 álbuns, 54 dos quais em Banda Desenhada, com destaque para: Aristides de Sousa Mendes; Peter Café Sport e o Vulcão do Faial; A Ilha do Futuro; Fernão Mendes Pinto e a sua Peregrinação; Carolina Beatriz Ângelo – Pioneira no Voto e na Cirurgia; Os Lusíadas e João de Deus – A Magia das Letras, estes também com edição em mirandês. Tem colaborado em muitos jornais e revistas, nomeadamente em Cavaleiro Andante e O Mosquito, tendo editado e dirigido uma 2.ª série desta publicação. O rigor na investigação e qualidade dos seus trabalhos foi apreciada em todo o país. Foram-lhe atribuídos 27 prémios. Expôs com sucesso em vários países da Europa, na China, no Japão e no Brasil. Primeiro autor a ser galardoado com o Prémio de Honra do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em 1990. No ano seguinte, foi distinguido com a Medalha Municipal de Ouro de Mérito e Dedicação da sua cidade natal, onde o seu nome está atribuído a uma escola e a uma avenida. Referenciado no Dictionnaire mondial de la bande dessiné, Larousse, edição de 1998, e com destaque no Larousse de la BD, em 2004. José Ruy faleceu em 2022.