LETRAS LUSAS: "O Imenso, Sereno e Doce Rio", de Rui de Azevedo Teixeira
Editora: Guerra & Paz
Sinopse: Circe, Ulisses, Penélope?!
A paixão entre a militante do PCP e o «fascista» comando começou pela voz, «capaz de derreter os ossos a um homem», e pelo masculino «melhor cheiro do mundo». Ana de Jesus Roriz e Paulo de Trava Lobo, entre terramotos de cama, conversavam sobre o meio literário e discutiam o país e a política.
Às coçadas histórias comunistas de Ana, Paulo contrapunha a «transcendência vazia» do comunismo ou o «Ketman estético». As ásperas discussões - «penedo mental», «assassino de guerrilheiros» - acabavam, contudo, macias sobre os lençóis. Na verdade, ambos sentiam no outro o fascínio pelo melhor inimigo, pelo dono do «defeito perfeito». Entre os Jardins do Éden e o Inferno, aos solavancos, viviam un amour vache por Lisboa, Alentejo e Linha.
Mas havia Iza, a mulher de Paulo, o amor que o fazia transbordar de ternura.
E, como sempre com o antigo comando, a violência. Em Moçambique, no Rio, no Porto…
Rui de Azevedo Teixeira nasceu em Argivai, no concelho da Póvoa de Varzim. Combateu em Angola. Doutorou-se em Literatura Portuguesa e agregou, por unanimidade, em Estudos Portugueses – Literatura. Ensinou em universidades europeias e africanas. Organizou os congressos internacionais sobre a Guerra Colonial (Instituto de Defesa Nacional, 2000) e a Guerra do Ultramar (Fórum Cultural do Seixal, 2001). É autor dos livros A Guerra Colonial e o Romance Português: Agonia e Catarse, O Leitor Hedonista: Sobre o Romance Português Contemporâneo e Outros Textos, O Fim do Império e a Novelística Feminina, Uma Proposta de Cânone (Aula das provas públicas de agregação), A Guerra de Angola: 1961-1974,
Homem de Guerra e Boémio: Jaime Neves por Rui de Azevedo Teixeira e Ensaios de Espelho.