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O nosso país pelos olhos de quem, entre os séculos XII e XX, veio de fora.
Que pensavam os estrangeiros sobre o nosso país ao longo dos séculos? Como viam o nosso povo? Que juízo faziam sobre a vida nas cidades e nas aldeias? De que forma julgavam os defeitos e virtudes dos portugueses?
Hoje, no mundo globalizado em que vivemos, viajar é algo tão banal que o fazemos sem pensar muito e quase sem o planear… a não ser, talvez, no que toca à escolha do melhor cenário para tirar aquela fotografia especial para partilhar com os amigos através das redes sociais. Mas nem sempre foi assim. Ao longo dos séculos, quando eram menos frequentes as deslocações e, normalmente, mais prolongadas as estadas dos visitantes, as elites cultivavam um registo memorialista de impressões dessas experiências únicas. Era uma espécie de Instagram dos tempos passados, em que, na ausência da imagem, a escrita fazia-se recheada de pormenores quase cinematográficos, transportando o leitor para o centro da acção como se fizesse parte do enredo de um filme.
O novo número da VISÃO História é dedicado ao modo como os antigos viajantes olharam para Portugal, numa viagem que começa no século XII e se prolonga até ao século XX. Entre eles há personalidades desconhecidas do grande público, como o médico alemão Jerónimo Munzer, a quem impressionaram as serpentes, elefantes, camelos e leões que por cá viu em 1514, ou o padre franciscano francês François de Tours, chegado em 1699 e chocado com o facto das mulheres se sentarem no chão «à alfaiate». E há figuras de que todos ouvimos falar, como o escritor Hans Christian Andersen, que em 1866 ficou fascinado com o nosso país, ou o autor de O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry, que visitou a Exposição do Mundo Português em 1940, ou, ainda, entre outros, Simone de Beauvoir, que daqui levou, em 1945, uma camisa de pescador da Nazaré para oferecer a Albert Camus.
Muitos desses textos são acompanhados por imagens (mapas, pinturas, gravuras, desenhos, fotografias) feitas também por estrangeiros.
Através do olhar desses forasteiros, ficamos a saber como viviam e pensavam os nossos antepassados quando, na Idade Média, calmos e pachorrentos elefantes cruzavam as ruas de Lisboa provocando o espanto de quem vinha de fora, ou a quantidade de escravos e negros que circulavam pela capital. E como eram os portugueses vistos pela lupa dos estrangeiros? Depende. Umas vezes saíam-se bem na "fotografia". Outras, nem tanto. Nos relatos, os visitantes referiam amiúde a sujidade das ruas e dos palácios "sufocantes, imundos e mal-cheirosos" onde fidalgos e criados viviam paredes meias com os animais, as péssimas condições das tascas e hospedarias, a mania de "guisar em banha de porco" tudo o que se comia, o triste espectáculo das touradas e ainda a miséria e o atraso do Portugal de Salazar. Mas também houve quem destacasse a nobreza, a simpatia e a estoicidade do nosso povo, a beleza das paisagens naturais de norte a sul do país ou a simplicidade insular dos Açores e da Madeira. Em suma, os defeitos e as virtudes dos portugueses andaram sempre de mãos dadas, a avaliar pela maneira como os outros nos vêem desde há séculos.
Editora: Parsifal
Sinopse: Este livro empreende uma viagem de mais de 500 anos ao lado mais desconhecido e trágico da cidade, ao longo da qual ficamos a conhecer os lugares de crimes e as suas formas de execução e desvendamos as histórias das vítimas, dos seus assassinos e dos seus carrascos.
Simultaneamente, analisaremos a evolução da aplicação da Justiça no seu combate contra o crime. Uma luta feita de avanços e de recuos, uma luta na qual a evolução das mentalidades - e da iluminação pública! - tiveram papel de relevo.
As histórias que aqui são contadas fazem parte da memória colectiva de todos nós, desde as derradeiras palavras que Sidónio Pais (certamente nunca) proferiu até aos assassinatos de D. Carlos e do Príncipe Herdeiro ou à conhecida execução do infame Conde Andeiro. Afinal, o que há de verdade em muitos destes casos?
Uma longa viagem pelos homicídios mais marcantes da história de Lisboa, que tenta lançar alguma luz e algum esclarecimento em tantos crimes que ainda hoje causam espanto, rejeição e polémica.
Sérgio Luís de Carvalho nasceu em Lisboa, em 1959. Licenciou-se em História e é mestre em História Medieval. Profissionalmente, é Director Científico do Museu do Pão, em Seia. Publicou os romances "Anno Domini 1348" (Prémio Literário Ferreira de Castro 1989; finalista do Prémio Jean Monnet de Literatura Europeia, Cognac 2004 e finalista do Prémio Amphi de literatura Europeia Lille 2005), "As Horas de Monsaraz", "El-Rei-Pastor", "Os Rios da Babilónia", "Retrato de S. Jerónimo no seu Estúdio", "O Segredo de Barcarrota", "O Exílio do Último Liberal", "A Última Noite em Lisboa", "Ouro Preto", "Lisboa Nazi", "Lisboa Judaica", "Lisboa Árabe", "O Rinoceronte do Rei", entre outros. Alguns dos seus romances estão traduzidos e publicados em França e Espanha. É ainda autor de vários livros de investigação histórica e literatura juvenil.
Ano: 2023
Realização: Francisco Manso
Argumento: António Monteiro Cardoso (a partir do livro Timor na 2ª Guerra Mundial - Diário do Tenente Pires)
Direcção Fotografia: José António Loureiro
Música original: Luís Cília
Produção: Francisco Manso Produção de Audiovisuais
Local gravações: Madeira e Porto Santo
Elenco: Marco Delgado, António Pedro Cerdeira, Elmano Sancho, Virgílio Castelo, Vítor Norte, Joaquim Nicolau, Luís Esparteiro, Jorge Pinto, Francisco Froes, Soraia Tavares, Paulo Calatré, André Albuquerque, David Personne, Flávio Hamilton, Sabri Lucas, Marques d'Arede, Rodrigo Santos, Júlio Martin, Pedro Pernas, Cláudio de Castro, José de Abreu (Brasil), Chico Diaz (Brasil)
Sinopse: Timor, 1942. O Japão invade Timor e instala uma ocupação feroz. Perante o alheamento de Salazar, que recusa enviar tropas, militares australianos combatem, na ilha, os invasores, em condições muito difíceis. Mas há um oficial português que não se conforma com o abandono - o Tenente Manuel Pires. Uma história de coragem e de sacrifício sobre-humano, ocorrida em Timor durante a II Guerra Mundial, com a invasão do Japão.
Baseada em factos reais, "Abandonados" recorda a aliança inédita entre portugueses, timorenses e australianos unindo-se contra um inimigo comum que não hesitava em cometer as maiores atrocidades contra as populações locais e contra todos os que se lhe opunham. O filme narra a situação dramática em que ficaram muitos desses homens e mulheres, esquecidos e abandonados em Timor, e a luta persistente de um militar - o Tenente Pires (Marco Delgado) - que, contra todos os obstáculos e dificuldades, criados aliás pelo próprio governo de Salazar, tudo fez para salvar os seus companheiros, até ao seu sacrifício final. Esta longa-metragem mostra-nos os caminhos tortuosos da política e dos interesses dos estados sobrepondo-se aos interesses individuais, com toda a carga de injustiça e de desumanidade que muitas vezes isso acarreta, conferindo a "Abandonados" um significado universal.
De Dezembro de 2022 a Fevereiro de 2023, a RTP1 transmitiu "Abandonados", série de 7 episódios que, no passado mês de Julho, estreou a versão longa-metragem nos cinemas nacionais. O filme estreia agora na RTP1.
É no meio de cores, texturas, pós, sombreados e brilhantes que Beatriz Cabral se sente realmente feliz. Desde 2019 que é maquilhadora, no Cacém, no concelho de Sintra. Com a maquilhagem, usa a criatividade e a habilidade para criar uma variedade de trabalhos que têm impressionado os seus seguidores, através das redes sociais. Apaixonada por tudo o que envolve a arte de transformar um rosto, Beatriz tenta criar sempre algo único e inesquecível.
Chama-se Diogo Moura, tem nove anos e é pintor. Diogo pinta desde os três anos, altura em que descobriu material de pintura que pertencia à avó. Aprender a pintar representou uma mudança na vida deste menino, portador de uma perturbação do espectro do autismo. Aos três anos, Diogo ainda não comia alimentos sólidos e não conseguia dizer simples palavras, como mãe ou pai. A terapia da fala, a escola e a interacção com outras crianças, ajudou-o a desenvolver competências sociais e a arte foi a grande "alavanca" para desconstruir o cérebro e expressar emoções. Hoje o Diogo já consegue articular uma frase, comer normalmente e é bastante funcional em várias áreas da vida.
Depois das vitórias sobre Espanha e França, Portugal já está apurado para as meias-finais mas tem ainda de disputar o terceiro e último jogo da fase de grupos do Campeonato Europeu de Futsal sub-19. O adversário é a Croácia.
O jogo Croácia x Portugal disputa-se na Zatika Arena, em Porecna, na Croácia, tem início às 19h30 e será transmitido pela RTP2 e Canal 11.
FORÇA, PORTUGAL!!!
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