LETRAS LUSAS: "Os Meninos de Palhavã", de Isabel Lencastre
Editora: Oficina do Livro
Sinopse: As vidas atribuladas dos bastardos de D. João V. «O rei D. João V foi homem de muitas mulheres e, ao que se diz, pai de muitos filhos», escreve Isabel Lencastre nas linhas iniciais deste livro. O monarca teve seis descendentes legítimos do seu casamento com a rainha D. Maria Ana de Áustria, mas terá deixado vários bastardos. Destes, apenas reconheceu a paternidade de três rapazes. Os eleitos ficaram conhecidos como os Meninos de Palhavã.
Os três irmãos tiveram uma vida que raramente lhes sorriu, ainda que Gaspar tenha chegado a Arcebispo Primaz de Braga e usufruído desse estatuto. Já António e José sofreram humilhações públicas e foram alvo de punições severas, como aquela que os empurrou para um exílio de 16 penosos anos no Buçaco, depois de acusados pelo Marquês de Pombal de graves crimes contra a majestade do seu irmão, o rei D. José I. Foram libertados do degredo depois da morte do monarca, mas nem o reinado da sobrinha, D. Maria I, lhes serviria para verem as suas aspirações atendidas.
Rica em intrigas, traições e injustiças, que desfilam ao sabor de uma linguagem refinada e subtil, a história dos desafortunados Meninos de Palhavã é resgatada do esquecimento e contada pela primeira vez nestas páginas por Isabel Lencastre (autora do também imperdível Bastardos Reais) depois de uma aturada investigação.
Isabel de Lencastre é o pseudónimo de uma personalidade da vida pública portuguesa, nascida em Lisboa nos anos 40 do século XX, que desde sempre se interessou pela história das monarquias europeias. Este é o seu primeiro livro.