Editora: Companhia das Letras
Sinopse: A trabalhar numa fábrica de reciclagem algures num lugar centro europeu, ex-fascista, ex-comunista e ex-industrial, Vladimir cria um crocodilo chamado Benito e sobrevive à rotina alimentando sonhos de imigração e de uma relação íntima com uma mulher.
Vladimir trabalha numa fábrica de reciclagem e partilha a sua vida com um crocodilo chamado Benito e uma longa história de esquecimento com a mãe, que recusa revelar-lhe o nome do pai desaparecido. Aprisionado numa geografia do desespero, num lugar centro europeu ex-fascista, ex-comunista e ex-industrial, por esta ordem, Vladimir observa os hábitos do perigoso animal, sonha com uma relação íntima com uma mulher e resiste às idiossincrasias do seu grupo de amigos, ultrapassando a rotina apoiado na pergunta warum?, o velho porquê alemão.
É então que o seu bocado de Europa é atravessado por um grupo de refugiados que chega à cidade na esteira de Noor, por quem Vladimir se apaixona, e que interrompe a rotina moral da reciclagem de forma violenta. Vladimir descobre numa antiga fotografia do pai uma revelação que muda o seu destino e o do crocodilo Benito. E o que muda, afinal? E warum?
José Gardeazabal nasceu em Lisboa. O seu livro de poesia história do século vinte foi distinguido com o Prémio INCM/Vasco Graça Moura. O seu primeiro romance, Meio Homem Metade Baleia, foi finalista do Prémio Oceanos e, com A Melhor Máquina Viva, o seu segundo romance, considerado um dos melhores livros de 2020 pelos jornais Expresso e Público, foi finalista dos prémios Fernando Namora, Correntes d'Escritas e da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2021, publicou os romances Quarentena - Uma História de Amor, finalista do Prémio Oceanos em 2022, e Quarenta e Três, assim como o volume de poesia Viver Feliz Lá Fora e, em 2022, sai Quando éramos peixes, o segundo volume da Trilogia dos Pares.
A mãe e o crocodilo, que conta a história de Vladimir e do seu crocodilo Benito, é o seu quinto romance.