Música original de Sandro G.  Versão criada para a série "Rabo de Peixe" (Netflix).

  

"Eu não vou chorar" - Sandro G (2003)

Editora: Guerra & Paz

Sinopse: Eduardo Lourenço: A História É a Suprema Ficção devia ser - e é - um auto-retrato de um dos nossos maiores pensadores. Numa longa entrevista, Eduardo Lourenço fala de si, da sua vida e obra.

Mas, de uma forma irresistível, ao falar de si a José Jorge Letria que o entrevista, Eduardo Lourenço (1923-2020) prefere ou acaba por falar sempre de Portugal, esse país «ressonhado, reinventado, quase totalmente onírico, o país que Padre António Vieira imaginou, mas em miniatura; um Portugal que é o império universal de Cristo e, depois, da Mensagem, o qual, embora seja outra coisa, é o sonho mais próximo de nós: um país que é uma espécie de Menino Jesus das nações, como diria Agostinho da Silva. »

Nesta edição comemorativa dos 100 anos do nascimento do autor, prestamos-lhe, mais uma vez, a homenagem merecida, pela voz do próprio autor.

Eduardo Lourenço e José Jorge Letria

Eduardo Lourenço nasceu a 23 de Maio de 1923, em São Pedro do Rio Seco, concelho de Almeida, região da Beira Alta. Passou a infância na aldeia natal e, aos 9 anos, mudou-se para a cidade da Guarda, tendo ingressado, dois anos depois, no Colégio Militar, em Lisboa. Licencia-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra, em 1946, e, em 1949, publica o seu primeiro livro "Heterodoxia", que reúne uma parte da sua tese de licenciatura. É também nesse ano que vai para França, a convite do reitor da Faculdade de Letras da Universidade de Bordéus, com uma bolsa de estágio da Fundação Fulbright. A partir de 1953, inicia uma carreira académica, tendo leccionado em diversas universidades europeias e americanas, como Hamburgo e Heidelberg (Alemanha), Montpellier, Grenoble e Nice (França), Baía (Brasil), entre outras. Em 1954, casa-se com a tradutora francesa Annie Salomon e, a partir de 1960, passa a viver em França, estabelecendo residência em Vence, na região dos Alpes Marítimos, no sudeste francês. Apesar de viver fora de Portugal, o seu país esteve sempre presente no seu pensamento e na sua obra, com mais de 40 títulos publicados. Os temas portugueses como a cultura, identidade e mitologia foram recorrentes, de que é exemplo "O Labirinto da Saudade", publicado em 1978, o seu trabalho mais conhecido e celebrado. Foram muitos os prémios, condecorações e distinções atribuídos a Eduardo Lourenço, sendo de destacar o Prémio Camões (1996), o Prémio Pessoa (2011), as ordens de Grande Oficial de Sant'Iago e Espada (1981), a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1992), a Grã-Cruz da Ordem de Sant'Iago e Espada (2003) e a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (2014). França distinguiu-o com a Ordem Nacional de Mérito (1996), a Ordem das Artes e das Letras (2000) e a Legião de Honra (2002) e, em 2008, recebeu a medalha de Mérito Cultural do Governo Português e a Ordem de Mérito Civil de Espanha. Em 2016, venceu o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural. Foi ainda doutorado Honoris Causa pelas universidades do Rio de Janeiro (Brasil), Bolonha (Itália), Coimbra e Nova de Lisboa. Após a morte da mulher, em 2013, Eduardo Lourenço regressa a Portugal. A 7 de Abril de 2016, foi designado Conselheiro de Estado pelo actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Em 2018, Miguel Gonçalves Mendes realizou o ensaio documental "O Labirinto da Saudade", adaptação da obra homónima, narrado pelo próprio Eduardo Lourenço, que percorre os espaços da sua memória e da História e identidade portuguesas, em busca da resposta do que é, afinal, isto de se ser português. Eduardo Lourenço faleceu a 1 de Dezembro de 2020, aos 97 anos.

José Jorge Letria nasceu em Cascais, em 1951, onde foi vereador da Cultura entre 1994 e 2002. Ficcionista, mas também jornalista, poeta, dramaturgo. Tem livros traduzidos em mais de uma dezena de idiomas e foi premiado em Portugal e no estrangeiro, destacando-se dois Grandes Prémios da APE, o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, o Prémio Internacional UNESCO, o Prémio Eça de Queiroz – Município de Lisboa e o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte. O essencial da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia O Fantasma da Obra. Ao lado de nomes como José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, foi um dos mais destacados cantores políticos portugueses, tendo sido agraciado, em 1997, com a Ordem da Liberdade. É mestre em Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa e pós-graduado em Jornalismo Internacional. Doutorou-se com distinção em Ciências da Comunicação no ISCTE, em Setembro de 2017. É presidente da Sociedade Portuguesa de Autores e do Comité Europeu de Sociedades de Autores da CISAC. É co-autor, com José Fanha, de várias antologias de poesia portuguesa.

João Cabrita convida The Legendary Tigerman, Samuel Úria e Selma Uamusse para um espectáculo integrado na programação da 3ª edição do Figueira Jazz Fest.

O saxofonista, produtor, compositor e director musical João Cabrita convida The Legendary Tigerman, Samuel Úria e Selma Uamusse para com ele interpretarem os temas do seu disco em nome próprio e aclamado pela crítica como um dos melhores do ano de 2020. O jazz encontrará os blues de Paulo Furtado (The Legendary Tigerman), o pop-rock de Samuel Úria e a expressão lusófona e a world music de Selma Uamusse.

Um espectáculo gravado no Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, a 1 de Setembro de 2022, integrado na programação da 3ª edição do Figueira Jazz Fest.

Este domingo, disputa-se a final da 83ª Taça de Portugal. O Sporting Clube de Braga e o Futebol Clube do Porto disputam a vitória na prova rainha do futebol nacional. O Braga já venceu a Taça por três ocasiões, já o Porto conquistou o troféu 18 vezes.

A final da Taça de Portugal disputa-se no Estádio Nacional do Jamor, no concelho de Oeiras, tem início às 17h15 e será transmitida pela RTP1 e Sport TV1.