De 2 a 5 de Março, a cidade turca de Istambul recebe os Campeonatos Europeus de Atletismo de Pista Coberta. Portugal tem 22 atletas em competição, a maior comitiva de sempre, e, ao segundo dia, conquistou duas medalhas de ouro. Pedro Pablo Pichardo e Auriol Dongmo sagraram-se bicampeões europeus no triplo salto e lançamento do peso, respectivamente. 

Com um salto de 17,60 m, Pedro Pablo Pichardo  estabeleceu um novo recorde pessoal, novo recorde nacional e a melhor marca mundial do ano, revalidando o título europeu conquistado em 2021. O atleta português é ainda campeão olímpico e mundial, título que vai defender em Agosto. 

Pedro Pablo Pichardo, de 30 anos, nasceu em Cuba, país de onde desertou em Abril de 2017, durante um estágio da selecção cubana na Alemanha. Uma das maiores promessas do atletismo cubano e do triplo salto, vice-campeão mundial na época, ficou impedido de representar o país a nível internacional e de regressar à ilha durante oito anos. Alguns dias depois da deserção, soube-se que o seu destino seria Portugal. No final desse ano, naturalizou-se português, ao abrigo do estatuto de refugiado, mas teve de esperar quase um ano e meio para poder representar Portugal, o que veio a acontecer em Agosto de 2019, tendo vencido no Europeu de Nações de Atletismo. Ainda em 2019, ficou em 4º lugar nos Mundiais de Atletismo ao Ar Livre. Em Março de 2021, sagrou-se campeão europeu em Pista Coberta e, em Agosto do mesmo ano, conquista o título de campeão olímpico. Em 2022, arrecada o título de campeão mundial de atletismo ao ar livre. 

O outro ouro lusitano nestes Europeus de Pista Coberta foi para Auriol Dongmo, que se sagrou bicampeã europeia do triplo salto. Com um lançamento de 19,76 m, a atleta portuguesa deixou a concorrência a quase um metro. Auriol Dongmo revalida o título conquistado em 2021, ao qual também se junta o de campeã mundial, em 2022. 

Auriol Dongmo, de 32 anos, nasceu nos Camarões e conquistou vários títulos africanos em representação do seu país de origem. Em 2017, decidiu vir viver para Portugal, por razões desportivas mas também religiosas. Grande devota de Nossa Senhora de Fátima, abordou o Sporting, mostrando interesse em representar o clube, e, depois de assinar, radicou-se em Leiria, a cidade mais próxima de Fátima que lhe oferecia as melhores condições desportivas. Em 2019, naturalizou-se portuguesa. Por Portugal, já se sagrou campeã mundial e bicampeã europeia, além de ter conquistado outros títulos.

Tanto numa prova como na outra, houve mais dois portugueses que ficaram muito perto dos lugares do pódio: Tiago Pereira e Jéssica Inchude terminaram ambos em 4º lugar, no triplo salto e lançamento do peso, respectivamente. 

Ano: 2012

Realização: Bruno de Almeida

Argumento: Bruno de Almeida, Frederico Delgado Rosa, John Frey (baseado no livro Humberto Delgado - Biografia do General Sem Medo, de Frederico Delgado Rosa)

Elenco: John Ventimiglia (EUA), Nuno Lopes, Marcello Urgeghe, Carlos Santos, Pedro Efe, Diogo Dória, Ana Padrão, Camané, Tiago Rodrigues, Júlio Cardoso, José Nascimento, Adriano Carvalho, Luís Lima Barreto, João d'Ávila, Carlos Paulo, Renata Batista (Brasil), Felipe Garcia Vélez (Espanha), Filipe Vargas, Carlos Paniágua, Cléia de Almeida, Carla Chambel

Sinopse: "Operação Outono" é um thriller político sobre a cilada que levou ao assassínio do General Humberto Delgado pela PIDE, em 13 de Fevereiro de 1965, em Los Almerines, perto da fronteira portuguesa. O filme baseia-se em factos verídicos revelados por Frederico Delgado Rosa, biógrafo e neto de Humberto Delgado, no seu livro Humberto Delgado - Biografia do General Sem Medo, que traz novas pistas sobre o assassínio de um homem que se tornou num dos ícones da luta pela liberdade contra a ditadura de Salazar. 

A acção decorre entre Portugal, Espanha, Argélia, Marrocos, França e Itália, no período entre 1964 e 1981, desde a preparação da cilada de Badajoz pela PIDE, com o nome de código "Operação Outono", até ao julgamento dos implicados no Tribunal de Santa Clara, já depois do 25 de Abril.

Ideia original e encenação: Cláudia Semedo

Texto e Dramaturgia: Gisela Casimiro

Elenco: Ana Madureira, Catarina Marques Lima, Natacha Campos, Pedro Peças, Vânia Luz

Sinopse: "Em certos dias, nem sabemos porquê, sentimo-nos estranhamente perto daquelas coisas que buscamos muito e continuam, no entanto, perdidas dentro da nossa casa." (José Tolentino Mendonça)

Cinco pessoas, uma casa, o sistema. A história de uma família peculiar, forçada a partilhar temporariamente um lar construído a partir de profundas fracturas sociais e discriminações várias. Um espectáculo que pretende inspirar a pensar sobre o medo, o preconceito e tudo o que preferíamos não lembrar que ainda acontece.

Este sábado, disputa-se a 2ª semi-final do Festival da Canção 2023. São 10 os temas a concurso em busca de um lugar na final onde se irá escolher o representante português no Festival Eurovisão da Canção que, este ano, terá lugar em Liverpool, no Reino Unido.

Na 2ª semi-final estarão a concurso: Edmundo Inácio, The Happy Mess, Teresinha Landeiro, Bandua, Bárbara Tinoco, Inês Apenas, Ivandro, Dapunksportif, Lara Li e Voodoo Marmalade.

Sónia Araújo e Jorge Gabriel serão os apresentadores desta segunda semi-final, aos quais se junta Inês Lopes Gonçalves na Green Room. O júri será composto pelos cantores Alex D'Alva, Márcia, Carlos Mendes, Sara Correia, Neev e MARO (vencedora do Festival da Canção 2022) e o radialista Pedro Ribeiro. 

A segunda semi-final contará com vários convidados musicais: Carlos Mendes, Filipe Sambado e Nicolas Alves (finalista do concurso "The Voice Kids" e representante português no concurso Eurovisão Júnior 2022).

 

 

  

 

 

 

 

 

 

É actor e, actualmente, podemos vê-lo na novela "Sangue Oculto", na SIC. Este sábado, Cristóvão Campos vai estar em "Alta Definição".

Realização e Argumento: Paulo Ferreira

Locução: Eduardo Rêgo

Banda Sonora: Miguel Berkemeier

Sinopse: O documentário "No Silêncio dos Moinhos" foi totalmente filmado num pequeno trecho do vale do Rio Sousa, nas proximidades dos Moinhos de Jancido, na freguesia de Foz do Sousa, concelho de Gondomar.

Com a duração de cerca de 40 minutos, nele são narradas pequenas histórias de vida natural, possíveis de ver por quem ali passa em silêncio. São aves como a Garça-real, o Guarda-rios, a Águia-de-asa-redonda, o Pica-pau-malhado-grande ou o Pisco-de-peito-ruivo, algumas plantas típicas da região e ainda animais como o Morcego, a Salamandra-de-pintas-amarelas, a Salamandra-lusitânica, o Esquilo-vermelho ou os Pirilampos, que protagonizam o trabalho.

Realização: Júlio Alves 

Argumento: Júlio Alves (a partir da novela de Mário de Carvalho)

Direcção Fotografia: Paulo Castilho

Música: João Alves

Produção: Ukbar Filmes

Elenco: Ana Moreira, Pedro Lacerda, Custódia Gallego, João Lagarto, Luísa Cruz, Miguel Nunes, Jorge Paixão da Costa, David Almeida, Hugo Bettencourt, Leonor Biscaia, Maria d'Aires, Mário de Carvalho, Rita Marrafa de Carvalho, Bruno Corte-Real, Nuno Fernandes, Lurdes Fonseca, Margarida Honório, Sara Levezinho, Miguel Maia, José Neto, Sandra Paulo, David Pereira Bastos, Miguel Pereira, Hugo Santiago, África Sobrinho

Sinopse: Arnaldo (Pedro Lacerda) e Bárbara (Ana Moreira) estão em pleno processo de separação conjugal. O motivo desta separação talvez nem o próprio casal o saiba e, na verdade, não interessa. Seria um divórcio fácil se não fosse a existência de uma tartaruga, de que ninguém quer saber. Nas tentativas de se verem livres do animal, entre peripécias e mal entendidos, a separação vai sendo adiada. Quando Arnaldo e Bárbara decidem finalmente que destino dar à tartaruga, percebem que já não há razão para se desfazerem dela. Mas é tarde demais. A tartaruga segue o seu caminho.

Prémios: Melhor Actor (Pedro Lacerda), Melhor Argumento Adaptado e Melhor Figurino no Festival Caminhos do Cinema Português

Mário de Carvalho nasceu em Lisboa, em 1944. Licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico. Desde então, tem praticado diversos géneros literários – Romance, Novela, Conto, Ensaio, Crónica e Teatro –, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de actualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e surpreendente. Nas diversas modalidades de Romance, Conto, Crónica e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance e Novela, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen Clube Português e o prémio internacional Pégaso de Literatura). Em 2020, foi distinguido com o Grande Prémio da Crónica e Dispersos Literários, da APE, pela obra O que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs,e, em 2022, o seu De maneira que é claro... foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga, da APE. Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas. Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio, Quando o Diabo Reza, A Arte de Morrer Longe ou Epítome de Pecados e Tentações são a comprovação dessa extrema versatilidade.

Júlio Alves nasceu em Lisboa, em 1971. Desde muito novo começou a trabalhar em cinema. Foi assistente de produção ou de realização em diversas produções cinematográficas de países como Portugal, França e Espanha. Realizou vários filmes de curtas-metragens de diferentes géneros: ficção, animação e documentário. Realizou também documentários de longa-metragem. Todos os seus filmes foram exibidos em festivais nacionais e internacionais. Realizou filmes publicitários para marcas nacionais e internacionais em diferentes mercados europeus. Doutorado em Ciências da Comunicação e mestre em Estudos Cinematográficos, é docente da Universidade Lusófona, nas licenciaturas de Cinema e Artes dos Media e Fotografia, e no mestrado Estudos Cinematográficos. É também membro do Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT). "A Arte de Morrer Longe" é a sua primeira longa-metragem de ficção.

Filmografia:

A Arte de Morrer Longe (2023)

Chantal + Pedro (curta-metragem, 2020)

Haunted House (doc., 2018)

Objectos Entre Nós (curta-metragem, 2018)

Casa Manuel Vieira (curta-metragem, 2013)

O Regresso (doc., 2012)

A Casa (doc., 2012)

42,195 km (curta-metragem, 2010)

O Jogo (curta-metragem, 2010)

Ossudo (curta-metragem, 2007)

Era uma vez um Alferes (curta-metragem, 1999)

O Despertador (curta-metragem, 1996)

A Fachada (curta-metragem, 1996)

O percurso de Portugal e dos seus representantes no maior espectáculo de entretenimento musical do Mundo. Desde a primeira participação em 1964, até aos dias de hoje, qual foi o percurso de Portugal na Eurovisão?

Curiosidades e dados históricos que nos contam este caminho cheio de alegrias e algumas desilusões.

Ano: 2021

Realização: Maureen Fazendeiro, Miguel Gomes 

Argumento: Mariana Ricardo, Maureen Fazendeiro, Miguel Gomes

Direcção Fotografia: Mário Castanheira

 Produção: O Som e a Fúria, Uma Pedra no Sapato

Elenco: Crista Alfaiate, Carloto Cotta, João Nunes Monteiro

Sinopse: Crista, Carloto e João constroem juntos um borboletário. Partilham o quotidiano na casa, dia após dia. Não são os únicos.

"Diários de Otsoga", a primeira co-realização entre Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro, simula um confinamento em grupo numa quinta junto ao mar e foi estreado mundialmente na Quinzena dos Realizadores, em Cannes.

 

 

 

 

A família McNertney mudou-se da Califórnia para Lisboa, com três filhos pequenos. John é consultor financeiro e está a criar um negócio próprio. Abigail trabalha para uma farmacêutica norte-americana que abriu recentemente um centro de inovação em Lisboa.

"Há muita gente que vem para aqui para comprar um passaporte, isto não é o que os americanos estão a fazer", diz Kate, que trocou Nova Iorque pela capital portuguesa. A partir de um apartamento que lhe custa 1400 euros por mês, Kate trabalha remotamente para uma empresa dos Estados Unidos, na área da publicidade. Ganha entre 5 a 8 mil euros por mês. Porque o custo de vida é mais barato por cá, conseguiu poupar dinheiro. Comprou um terreno na Ericeira onde vai erguer um alojamento turístico, com um conceito diferente.

2022 foi o ano em que mais norte-americanos visitaram o nosso país. Foi também o ano em que Portugal lhes atribuiu mais vistos de residência. Que sonho português é este que está a empurrar tantos cidadãos dos Estados Unidos para Portugal?

Durante dois meses, o Linha da Frente conviveu com a comunidade norte-americana. Para eles, Portugal é o paraíso, um pacote dourado com tudo incluído: segurança, cuidados de saúde baratos, benefícios fiscais, rendas acessíveis, sol, comida e muito mais.

"O Sonho Português" é uma reportagem da jornalista Sandra Vindeirinho, com imagem de Tiago MP Costa e edição de Carlos Valente.