Nome artístico de Inês Oliveira da Costa, INÊS APENAS nasceu em Paris, mas reside em Leiria desde os 3 anos. Licenciada em Música na variante de piano clássico pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, no Porto, é pianista, cantora e compositora, distinguindo-se por temas que cruzam pop, electrónica, jazz, soul e sonoridades mais alternativas. Em 2019, fez segundas vozes para Débora Umbelino (Surma), experiência que também a ajudou a moldar a identidade de INÊS APENAS, e acompanhou também em banda músicos como Marta Carvalho. Tem actuado em nome próprio um pouco por todo o país e, no ano passado, lançou um EP com seis temas intitulado Um Dia Destes, que inclui o single Tu Fazes Tão, com videoclip realizado por Cláudia Pascoal e Ricardo Leite. O passo definitivo na sua transformação surgiu em 2020, depois de concluir a licenciatura, tendo começado a compor as suas próprias músicas durante o primeiro confinamento, apesar de já ter experiência como teclista em bandas de originais e de versões.
Argumento: João Botelho e Maria Antónia Oliveira (a partir de Alexandre O'Neill)
Música: Daniel Bernardes
Produção: Ar de Filmes (Alexandre Oliveira)
Elenco: Pedro Lacerda, Inês Castel-Branco, Cláudio da Silva, Crista Alfaiate, Ana Quintans, Luís Lima Barreto, Carmen Santos, Rita Blanco, Joana Botelho, Joana Santos, Alexandra Sargento, Rafael Fonseca, Marina Albuquerque, Sofia Marques, Melissa Matos, Carolina Campanela, João Maria, Luís Lucas, José Martins, Gabriela Barros, João Barbosa, Pedro Diogo, Carolina Serrão, Vera Moura, Dinis Gomes, Marcello Urgeghe, Luís Mesquita, Francisco Tavares, Maria João Pinho, Sandra Santos, Carla Bolito, Dinarte Branco, Salvador Gil, Vicente Gil, Isabél Zuaa, André Gomes, Rita Rocha Silva, João Araújo, Maria Leite, João Pedro Vaz, Matamba Joaquim, Hugo Mestre Amaro, Mitó Mendes, Maya Booth, Soraia Chaves, Mafalda Lencastre, Filipe Vargas, Pedro Inês, "Brit" - Jarbas Krull (Brasil), Michel de Roubaix
Sinopse: É sem medida este "Um Filme em Forma de Assim". Organizado como um sonho, estruturado como um musical e com textos, tanto ditos como cantados, que nos conduzem a situações inesperadas, caóticas e emocionantes, que tentam agarrar parte do que o inalcançável Alexandre O’Neill nos deixou.
Alexandre O'Neill nasceu a 19 de Dezembro de 1924, em Lisboa, no seio de uma família descendente de aristocratas irlandeses. Precursor do surrealismo em Portugal, poeta do realismo e do concretismo, provocador e irónico, O'Neill tocava o absurdo e o lugar comum com trocadilhos geniais. Num jogo lúdico e lúcido de palavras, falava de coisas sérias: do medo, do amor, de Portugal. Antes de chegar a poeta, O'Neill, que reprovara nos exames e abandonara os estudos, aprendeu a viver de biscates e do que escrevia. Foi escriturário, empregado de seguros, tradutor de romances, de poesia e de manuais científicos, colaborador de jornais e revistas, autor de textos para cinema e teatro, televisão e rádio, letrista de fados e um dos mais importantes criativos publicitários. É dele o genial "Há mar e mar, há ir e voltar", slogan com direito a figurar no dicionário de provérbios portugueses. Este irresistível jogo de palavras, exercício lúdico e de lucidez, faz parte da sua poesia. Como o lugar-comum, o cliché, o gosto pelo absurdo que lhe ficou do surrealismo, movimento de que foi precursor em Portugal. Ao lado de Mário Cesariny, José-Augusto França, Fernando Vespeira e António Pedro fundou, em 1947, o Grupo Surrealista de Lisboa, do qual sairá pouco tempo depois. Autodidacta, individualista e provocador, via-se essencialmente como um realista. Percorria temas como o amor, o medo e a solidão, mas Portugal era recorrente nos versos que fazia. Alexandre O'Neill faleceu a 21 de Agosto de 1986.
Quim Albergaria é baterista, percussionista e vocalista. Já viveu nos subúrbios de Lisboa, mas actualmente vive e trabalha na capital. Cresceu entre concertos punk, a colecção de discos dos pais, os hooks e os beats que misturavam América, África e Portugal. Surge no panorama musical nacional como vocalista dos The Vicious Five e, em 2009, cria os PAUS, uma banda rock atípica com uma bateria siamesa ao centro de uma massa sónica exploratória. Em 2018, junta-se a Ivo Costa e a RIOT para criar um trio de percussionistas e produtores empenhados em fazer o baile com os Bateu Matou. Fundou a Vodafone FM e escreveu a popular música Quem Trouxe, do Pingo Doce. Quim Albergaria é também co-fundador do Estúdio Barulho, uma produtora de músicas para marcas. Considera-se "um tipo que não se leva muito a sério" e vê-se apenas como "um baterista que gosta de refrãos". Esse Povo é um projecto musical criado por Quim Albergaria, ao qual se juntam mais três vozes.
Sinopse: Vasco é realizador de cinema, tem um filme novo para estrear e não sabe o que fazer com o futuro.
A braços com uma crise de meia-idade, é apanhado de surpresa quando a mãe, com quem tem uma relação moldada por uma tragédia familiar e pelo divórcio dos pais, vem ao seu encontro para lhe contar que sofre de Alzheimer.
Abalado pela notícia, Vasco começa a trabalhar na ideia de um filme sobre a vida da mãe, para que ela consiga recordar o seu passado quando a memória começar a falhar. No entanto, durante o processo de investigação para esta biografia em forma de cinema, o realizador descobre uma história escondida que põe em causa as suas próprias raízes. Vasco inicia então uma autêntica aventura à procura da verdade, que tem tanto de real como de cinematográfica.
Vicente Alves do Ó nasceu em 1972, em Sines, e é cineasta e escritor. Descobriu a literatura em casa dos avós, no Alentejo, e o cinema nos clássicos a preto e branco da RTP2. Na adolescência, dedicou-se ao teatro, à poesia e às curtas-metragens, até que, em 2000, assinou o primeiro argumento para cinema. Mudou-se para Lisboa e, desde então, tem dividido a sua actividade entre a escrita e realização de filmes, como Florbela, Al Berto, Golpe de Sol e Amadeo (que estreou recentemente nos cinemas); o teatro, com António; e os romances – depois de Marilyn à Beira-Mar e Florbela, Apeles e Eu, Que a Vida Nos Oiça é o seu terceiro livro.
Sinopse: Um dia, quase tudo se transformou num monte de escombros e mato. Restaram fantasmas que vagueiam entre os campos, as ruínas e o nevoeiro. Alguns desses fantasmas estão vivos. São gente que ficou, gente que volta, gente que deambula pelas memórias difíceis daquele que foi o mais maldito bairro da cidade. Só que este Tarrafal, o nome do campo de morte lenta da ditadura salazarista, não fica em Cabo Verde, mas sim em Portugal.
Uma viagem intensa pelo passado e pelo futuro do Bairro S. João de Deus, "Tarrafal" é um documento vivo da história recente da cidade do Porto. O realizador, Pedro Neves, procura introduzir-se na vida das pessoas que habitam no bairro para viver com elas as suas esperanças e frustrações. Vê-se um rasto de ruínas que convoca as memórias sobre a identidade do bairro, mesmo que a sua decadência social e humana tenha sido demasiado devastadora. Nesse aspecto, há um ponto comum das conversas, das músicas e mesmo das práticas que são retratadas: a heroína, essa droga destruidora de toda a estrutura colectiva.
O filme torna-se envolvente pelas suas técnicas de aproximação às pessoas, deixando-as fazer parte da história: é um filme também delas, do seu imaginário. Há, nesse gesto, um sopro de vida, uma vontade de descobrir um futuro, porque estas pessoas não vão desaparecer, nem mesmo estes espaços urbanos onde é difícil encontrar esse futuro.
Álvaro Vasconcelos colocou em livro o que era proibido lembrar. "Memórias em Tempo de Amnésia - Uma campa em África" é um relato e uma análise da época que passou em Moçambique e na África do Sul. Opositor do Estado Novo e da Guerra Colonial, Álvaro Vasconcelos viveu no exílio e regressou a Portugal após o 25 de Abril, onde participou no processo de transição democrática. Álvaro Vasconcelos é o convidado Mar de Letras desta semana.
Começamos com uma dupla de dois jovens músicos moçambicanos com muito talento e vontade de vencer. São os AfriKan Drums e vão estar no Rumos.
Patrícia Figueiredo esteve à conversa com Paula Cardoso, jornalista, mentora do projecto Afrolink, que se desdobra numa plataforma online e num mercado de empreendedores africanos, cuja próxima edição acontece já a 5 de Fevereiro.
Fomos conhecer o restaurante africano "O Nelson" que é muito mais do que um espaço com boa comida africana. É um ponto de encontro e de convívio no Bairro do Rego, em Lisboa, criado por Nelson, filho do bairro.
No Páginas Soltas, o livro " Do Rio ao Mar, Falas Escritas com Traços Rupestres" do escritor angolano Manuel Rui, com ilustrações do também angolano Ondjaki.
Estivemos presentes na apresentação do livro da angolana Luzia Moniz, "Silenciocracia, Jornabófias e outras mazelas".
Terminamos com a rubrica mais deliciosa do nosso programa. Na Gastronomia, a receita de Muamba de Galinha à moda do Restaurante "O Nelson".