LETRAS LUSAS: "Adeus, Casablanca", de João Céu e Silva
Editora: Guerra & Paz
Sinopse: E se, finalmente, Hollywood fizesse a continuação de "Casablanca", o mítico filme que ainda hoje seduz milhões de pessoas em todo o mundo, e a trama girasse em torno do desvio de um avião da TAP, o primeiro grande acto de protesto político aéreo de sempre e que causou a Salazar tantos dissabores quanto o filme "Casablanca" causou a Hitler?
"Adeus, Casablanca" fala-nos desse evento verídico que servirá de inspiração à argumentista de Hollywood que está a escrever o guião da sequela de "Casablanca" e para quem o desvio do Super-Constellation se torna uma obsessão e, também, uma revelação.
Neste cenário histórico, recorda-se a vigilância da polícia política sobre os exilados portugueses no norte de África, bem como a realização da Conferência de Casablanca, em que se defendia o fim da presença portuguesa nas províncias de África.
Neste "Adeus, Casablanca" não podia faltar a recriação da vida marroquina dos tempos em que Paul Bowles vivia em Tânger, em que a espionagem era algo bem real e em que o exílio para a vida era o preço a pagar pelas opções que se faziam.
João Céu e Silva nasceu em Alpiarça, em 1959, e viveu no Rio de Janeiro, onde se licenciou em História. Desde 1989 que é jornalista e colaborador do Diário de Notícias. Em 2021, lançou Uma Longa Viagem com Vasco Pulido Valente, o sexto volume de uma série que conta com outros autores: José Saramago, António Lobo Antunes, Miguel Torga, Álvaro Cunhal e Manuel Alegre. Além da investigação literária, tem a histórica: Álvaro Cunhal e as Mulheres que Tomaram Partido; 1961 – O Ano que Mudou Portugal; 1975 – O Ano do Furacão Revolucionário; e Fátima – A Profecia Que Assusta o Vaticano. Em 2013, recebeu o Prémio Literário Alves Redol com o romance A Sereia Muçulmana. Na ficção, publicou também 28 Dias em Agosto, A Hora da Ilusão, Adeus, África e A Segunda Vida de Fernando Pessoa.