Produção: Três Vinténs (Rita Palma, Marta Pessoa, João Pinto Nogueira)
Sinopse: Maria Lamas (1893 - 1983) ficou conhecida como uma activista política feminista portuguesa, sendo ainda tradutora e jornalista, que deixou uma obra fundamental, As Mulheres do Meu País, que retratava íntima e meticulosamente a condição das mulheres em Portugal, no final dos anos 1940. O filme "Um nome para o que sou" é sobre o processo de escrita deste livro (através do espólio, dos diários), mas é também uma reflexão sobre a própria Lamas enquanto figura do feminismo português.
Marta Pessoa nasceu em Lisboa, em 1974. Fez o curso de Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema e na Universidade Nova de Lisboa, nas áreas de Realização e Imagem. Desde então tem trabalhado como realizadora, directora de fotografia e produtora em filmes documentários e de ficção.
Filmografia:
Um nome para o que sou (doc., 2022)
Donzela Guerreira (2020)
O Medo à Espreita (doc., 2016)
Bolor Negro (curta-metragem, 2015)
Quem Vai à Guerra (doc., 2011)
Lisboa Domiciliária (doc., 2010)
Manual do Sentimento Doméstico (curta-metragem, 2008)
Alguém Olhará Por Ti (curta-metragem, 2005)
Sobre Azul (curta-metragem doc., 2005)
Dia de Feira (curta-metragem, 2004)
Nicolau - Estória dum Pinguim (curta-metragem doc., 1999)
Sinopse: Numa pequena vila africana à beira-mar, Jaki vive numa casa cheia de primos regida com mão férrea pela avó Agnette e assombrada pela figura misteriosa da avó Catarina. A vida do bairro roda à volta da construção do Mausoléu Presidencial que ameaça destruir as casas dos habitantes. A avó Agnette sofre uma infecção num pé, perdendo um dedo e ganhando uma nova alcunha: Avó Dezanove. Esta operação inspira Jaki que, com o seu melhor amigo Pi, decide remover o Mausoléu para salvar o bairro. Um plano condenado ao fracasso, não fosse a inesperada intervenção de um soviético cheio de segredos.
O filme "AvóDezanove e o Segredo do Soviético" é uma co-produção entre Moçambique, Portugal e Brasil. Com um elenco maioritariamente moçambicano, conta com a participação do actor luso-russo Dmitry Bogomolov, no papel de "Bilhardov".
Locais gravações: Penafiel, Ílhavo, São Pedro do Sul, Castelo de Vide, Espanha, Cuba
Elenco: Elmano Sancho, Mafalda Banquart, Rodrigo Santos, Jorge Pinto, Luísa Cruz, Pedro Frias, António Capelo, Joana Carvalho, Joaquim Nicolau, João Lagarto, Ivo Arroja, Zirui Cao, Júlio Martín, José Eduardo, António Neiva, Bruno Schiappa, Manuel Estêvão, Paulo Freixinho, Adriano Reis, Fátima Reis, Marques d'Arede
Sinopse: "O Nosso Cônsul em Havana" é uma ficção que se inspira livremente no período em que o escritor Eça de Queiroz foi Cônsul de Portugal em Cuba, à época colónia espanhola.
Em 1871 caiu o Governo que proibira as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, lideradas por Antero de Quental, onde Eça de Queiroz interviera. No ano seguinte, Eça (Elmano Sancho) é nomeado Cônsul em Havana, por Andrade Corvo, Ministro dos Negócios Estrangeiros do novo Governo de carácter mais liberal.
Em Cuba, colónia espanhola, continua a escravatura. Existem cerca de cem mil contratados chineses que saem da China, através de Macau, com documentos portugueses. Eça segue para Havana com o encargo de tentar resolver o problema dos chineses, tratados como escravos nas plantações de cana-de-açúcar. Seguiremos a história de Lô (Zirui Cao), uma menina chinesa que embarca clandestinamente para Cuba e que é ajudada por um marinheiro de bom coração, que a entrega às freiras do Convento de Santa Clara. Para ajudarem Lô a escapar das garras do grande traficante de escravos da ilha, Don Zulueta (Júlio Martín), vão convergir pessoas de bem e defensoras da liberdade: o jornalista e livre-pensador Vicente Torradellas (Rodrigo Santos), D. Antónia Morales (Joana Carvalho), proprietária de terras, a Madre Filomena (Fátima Reis), o próprio Eça de Queiroz e o seu amigo Juan (Ivo Arroja), um rapazito engraxador cheio de manhas e artimanhas necessárias à sobrevivência numa cidade como Havana.
Durante o tempo em que lá permanece, Eça não deixa por mãos alheias os seus méritos de sedutor e vive um amor escaldante com Mollie (Mafalda Banquart), filha do General americano Bidwell (Jorge Pinto), uma jovem moderna e apaixonada que se sente tão à vontade à mesa de póquer como no jogo da sedução.
José Maria Eça de Queiroz nasceu a 25 de Novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, e é considerado um dos maiores romancistas de toda a Literatura Portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária. Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa. Em 1872 iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu, que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa, e de onde se destacam O Primo Basílio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de Agosto de 1900, em Paris.
As Ligas Portuguesas têm recebido, nos últimos anos, o talento dos jogadores japoneses. Cada vez há mais plantéis com criativos, fantasistas ou goleadores nipónicos. Em "A Hora do Sol Nascente", somos guiados pelos feiticeiros Mizuki e Fujimoto, do Gil Vicente, pelo goleador Kyosuke Tagawa, do Santa Clara, pelo surpreendente Takahiro Kunimoto, do Casa Pia, e pelo mágico Shoya Tojo, do Coruchense. Tradição, ligações culturais e desportivas, com gastronomia e anime à mistura, porque os 500 anos de amizade entre Portugal e Japão estão à distância de um passe.