LETRAS LUSAS: "Informadores da PIDE - Uma Tragédia Portuguesa", de Irene Flunser Pimentel
Editora: Temas e Debates
Sinopse: Esta obra analisa o modo como o regime ditatorial português do Estado Novo e a sua polícia política contaram com portugueses para denunciar outros, de que forma os recrutaram e porque aceitaram muitos colaborar com a polícia, prejudicando e destruindo vidas. Revela também que muitos se candidataram a informador da PIDE/DGS junto da tutela do Ministério do Interior ou de outros organismos do Estado, mas também que muitos menos foram aceites por essa polícia para o serem. Com recurso a exemplos, demonstra de que maneira uma cultura de denúncia abalou o sentido ético em Portugal, marcando a sua História de forma trágica.
Irene Flunser Pimentel nasceu em Lisboa, em 1950. É mestre em História Contemporânea (século XX) e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH da UNL), é autora de História das Organizações Femininas do Estado Novo (2000), que obteve o Prémio Carolina Michaëlis em 1999; Fotobiografia de Manuel Gonçalves Cerejeira (2002); Judeus em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Em Fuga de Hitler e do Holocausto (2006), Prémio ex-aequo Adérito Sedas Nunes, atribuído pelo Instituto de Ciências Sociais em 2007; A História da PIDE (2007), que mereceu o Prémio Especial Máxima em 2008; Tribunais Políticos. Tribunais Militares Especiais e Tribunais Plenários durante a Ditadura e o Estado Novo, em co-autoria (2009); Fotobiografia de José Afonso (2009); A cada um o seu lugar (2011), que recebeu o Prémio Ensaio 2012 da revista Máxima; Salazar, Portugal e o Holocausto, em co-autoria (2013); Espiões em Portugal durante a II Guerra Mundial (2013); História da Oposição à Ditadura (1926-1974) (2014); e de O Caso da PIDE/DGS (2017), entre outros. Foi distinguida com o Prémio Pessoa em 2007 e com o Prémio Seeds of Science, na categoria «Ciências Sociais e Humanas», em 2009, e condecorada com a Ordem Nacional da Legião de Honra pelo Governo de França em 2015.