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12
Mai22

CINE ESTREIA: "Um Filme em Forma de Assim", de João Botelho

 

Realização: João Botelho

Argumento: João Botelho e Maria Antónia Oliveira (a partir de Alexandre O'Neill)

Música: Daniel Bernardes

Produção: Ar de Filmes (Alexandre Oliveira)

 

Elenco: Pedro Lacerda, Inês Castel-Branco, Cláudio da Silva, Crista Alfaiate, Ana Quintans, Luís Lima Barreto, Carmen Santos, Rita Blanco, Joana Botelho, Joana Santos, Alexandra Sargento, Rafael Fonseca, Marina Albuquerque, Sofia Marques, Melissa Matos, Carolina Campanela, João Maria, Luís Lucas, José Martins, Gabriela Barros, João Barbosa, Pedro Diogo, Carolina Serrão, Vera Moura, Dinis Gomes, Marcello Urgeghe, Luís Mesquita, Francisco Tavares, Maria João Pinho, Sandra Santos, Carla Bolito, Dinarte Branco, Salvador Gil, Vicente Gil, Isabél Zuaa, André Gomes, Rita Rocha Silva, João Araújo, Maria Leite, João Pedro Vaz, Matamba Joaquim, Hugo Mestre Amaro, Mitó Mendes, Maya Booth, Soraia Chaves, Mafalda Lencastre, Filipe Vargas, Pedro Inês, "Brit" - Jarbas Krull (Brasil), Michel de Roubaix

 

Sinopse: É sem medida este "Um Filme em Forma de Assim". Organizado como um sonho, estruturado como um musical e com textos, tanto ditos como cantados, que nos conduzem a situações inesperadas, caóticas e emocionantes, que tentam agarrar parte do que o inalcançável Alexandre O’Neill nos deixou.

 

 

 

Espaço e Memória ALEXANDRE O'NEILL [1924-1986]: Escritor, Poeta, Tradutor e  Publicitário - pporto.pt

 

Alexandre O'Neill nasceu a 19 de Dezembro de 1924, em Lisboa, no seio de uma família descendente de aristocratas irlandeses. Precursor do surrealismo em Portugal, poeta do realismo e do concretismo, provocador e irónico, O'Neill tocava o absurdo e o lugar comum com trocadilhos geniais. Num jogo lúdico e lúcido de palavras, falava de coisas sérias: do medo, do amor, de Portugal. Antes de chegar a poeta, O'Neill, que reprovara nos exames e abandonara os estudos, aprendeu a viver de biscates e do que escrevia. Foi escriturário, empregado de seguros, tradutor de romances, de poesia e de manuais científicos, colaborador de jornais e revistas, autor de textos para cinema e teatro, televisão e rádio, letrista de fados e um dos mais importantes criativos publicitários. É dele o genial "Há mar e mar, há ir e voltar", slogan com direito a figurar no dicionário de provérbios portugueses. Este irresistível jogo de palavras, exercício lúdico e de lucidez, faz parte da sua poesia. Como o lugar-comum, o cliché, o gosto pelo absurdo que lhe ficou do surrealismo, movimento de que foi precursor em Portugal. Ao lado de Mário Cesariny, José-Augusto França, Fernando Vespeira e António Pedro fundou, em 1947, o Grupo Surrealista de Lisboa, do qual sairá pouco tempo depois. Autodidacta, individualista e provocador, via-se essencialmente como um realista. Percorria temas como o amor, o medo e a solidão, mas Portugal era recorrente nos versos que fazia. Alexandre O'Neill faleceu a 21 de Agosto de 1986.

 

 
 
 
 

U. Porto - Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto: João  Botelho

 

João Botelho nasceu a 11 de Maio de 1949, em Lamego. Frequentou a Escola de Cinema do Conservatório Nacional e o Curso Superior de Engenharia Mecânica na Universidade de Coimbra. Cineclubista, no Porto e em Coimbra (onde dirigiu o CITAC - Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra). Foi crítico de cinema em várias publicações, como a Gazeta da Semana ou a revista M (de que foi fundador). Inicia-se na realização com 2 curtas-metragens para a RTP e o documentário de longa-metragem "Os Bonecos de Santo Aleixo" para a cooperativa Paz dos Reis. Teve filmes premiados nos festivais de Figueira da Foz, Antuérpia, Rio de Janeiro, Veneza, Berlim, Salsomaggiore, Pesaro, Belfort, Cartagena, etc. Distinguido por duas vezes com o prémio da OCIC, da Casa da Imprensa e dos Sete de Ouro. Todas as longas-metragens tiveram exibição comercial em Portugal, quase todas em França e algumas em Inglaterra, na Alemanha, em Itália, em Espanha e no Japão. Teve retrospectivas integrais em Bergamo (1996), com edição de uma monografia sobre a obra em La Rochelle (1998) e na Cinemateca de Luxemburgo (2002). Distinguido com a Comenda da Ordem do Infante, de Mérito Cultural (2005). Nos últimos anos, João Botelho tem adaptado para o cinema vários clássicos da literatura portuguesa, como "A Corte do Norte", de Agustina Bessa-Luís; "Livro do Desassossego" de Fernando Pessoa/Bernardo Soares; "Os Maias", de Eça de Queiroz; "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto"; "A Morte de Ricardo Reis", de José Saramago; e a sua mais recente longa-metragem, "Um Filme em Forma de Assim", a partir de Alexandre O'Neill. 

 

Filmografia:

Um Filme em Forma de Assim (2022)

O Ano da Morte de Ricardo Reis (2020)

Peregrinação (2017)

O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu (documentário, 2016)

Quatro (documentário, 2016)

Nos campos em volta (curta-metragem documental, 2015)

A Arte da Luz tem 20.000 anos (documentário, 2014)

Os Maias - Cenas da Vida Romântica (2014)

Bravo Som dos Tambores (curta-metragem documental, 2012)

La Valse (curta-metragem, 2012)

Enquanto esta Língua for Cantada (documentário, 2012)

Filme do Desassossego (2010)

Oh Lisboa, Meu Lar (curta-metragem documental, 2010)

Para que este Mundo não Acabe! (documentário, 2009)

A Corte do Norte (2008)

A Terra Antes do Céu (documentário, 2007)

Corrupção (2007)

A Baleia Branca - Uma Ideia de Deus (telefilme documental, 2007)

Avé Maria (curta-metragem, 2006)

A Luz na Ria Formosa (2005)

O Fatalista (2005)

A Mulher que acreditava ser Presidente dos EUA (2003)

Viagem ao Coração do Douro, a Terra onde Nasci (curta-metragem documental, 2002)

Quem és tu? (2001)

Se a memória existe (curta-metragem, 1999)

Tráfico (1998)

Érase unha vez en Compostela (curta-metragem documental, 1997)

Três Palmeiras (1994)

Aqui na Terra (1993)

No Dia dos Meus Anos (1992)

Tempos Difíceis (1988)

Um Adeus Português (1986)

Conversa Acabada (1981)

Alexandre e Rosa (curta-metragem, 1978)

O Alto do Cobre (1976)

Um Projecto de Educação Popular (documentário, 1976)

12
Mai22

CINE ESTREIA: "Sita - A Vida e o Tempo de Sita Valles", de Margarida Cardoso

 

Realização e Argumento: Margarida Cardoso

Imagem: Cláudia Varejão

Música original: João Alves

Locução: Beatriz Batarda

Produção: Midas Filmes (Pedro Borges)

 

Sinopse: Sita Valles viveu 26 anos. Nasceu em Angola, em 1951, e ali morreu em circunstâncias misteriosas, em 1977.


Estudou Medicina em Lisboa e foi uma dirigente estudantil carismática e militante do PCP. No Verão de 1975, decide voltar a Angola, que considerava o seu país, ligando-se a um grupo de pessoas - mais tarde apelidados de fraccionistas - que questionavam a linha ideológica do MPLA. Acusada de ser uma das cabecilhas da tentativa de golpe de estado de 27 Maio de 77, Sita é perseguida e presa. Rumores indiciam que foi torturada e morreu frente a um pelotão de fuzilamento. Nos dois anos que se seguiram, mais de trinta mil pessoas tiveram o mesmo fim ou passaram anos em cadeias e campos de concentração. Testemunhos dos sobreviventes guiam-nos na possível reconstituição da vida e do tempo de Sita Valles, vida que terminou num episódio traumático, de uma violência absurda e há muito silenciado.

 

  

 

 

Margarida Cardoso

 

Margarida Cardoso nasceu em Tomar, em 1963, e viveu em Moçambique até aos 12 anos. Estudou Imagem e Comunicação Audiovisual na escola António Arroio, em Lisboa. Trabalhou vários anos em França e Portugal como fotógrafa e assistente de realização. Entre 1982 e 1995, trabalhou como anotadora e assistente de realização em mais de 50 filmes portugueses e estrangeiros. É, desde 2005, professora do curso de Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia da Universidade Lusófona de Lisboa. Realiza filmes de ficção e documentários. Nos últimos anos, afirmou-se como um dos nomes mais consistentes do cinema português. "Natal 71", "Kuxa Kanema - O Nascimento do Cinema", "A Costa dos Murmúrios" e "Yvone Kane" são os seus filmes mais conhecidos e todos se debruçam sobre a temática colonial e pós-colonial.

 

Filmografia:

Sita - A Vida e o Tempo de Sita Valles (doc., 2022)

Understory (doc., 2019)

Yvone Kane (2014)

Sob o Olhar Silencioso (doc., 2012)

Licínio de Azevedo: Crónicas de Moçambique (doc., 2011)

Aljubarrota (2008)

Era preciso fazer as coisas (doc., 2007)

A Costa dos Murmúrios (2004)

Kuxa Kanema - O Nascimento do Cinema (doc., 2003)

Com Quase Nada (doc., 2001)

Entre Nós (curta-metragem, 2000)

Do Outro Lado (curta-metragem, 1999)

Natal 71 (doc., 1999)

A Terra Vista das Nuvens (doc., 1998)

Dois Dragões (doc., 1996)

12
Mai22

TV: Procissão das Velas (RTP1 - 00h15)

Procissão das Velas

 

Após a bênção das velas na Capelinha das Aparições, e da recitação do Rosário, dá-se início à Procissão das Velas entre a Capelinha e o Santuário.


Trata-se de um pequeno percurso efectuado pela Virgem de Fátima, acompanhada por milhares de peregrinos segurando velas acesas e entoando cânticos de louvor, com transmissão em diferido na RTP1. 

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